Muitas mulheres já passaram pela situação, onde depois de
uma relação sexual sem uso de camisinha ou pela falta de adoção de
algum método contraceptivo no meio do ciclo menstrual,
entrou em pânico pela possibilidade de uma gestação não planejada.
Então, para evitar que a gestação ocorra, recorrem ao uso de
contraceptivo de emergência. Como a denominação indica, é para EMERGÊNCIA!
Pílula do dia seguinte não deve ser adotada como método contraceptivo!!
A Anticoncepção de Emergência (AE), também
conhecida por pílula pós-coital, pílula do dia seguinte e contracepção
de emergência (CE), é uma tecnologia aprovada pela Agência Nacional de
Vigilância Sanitária (ANVISA) e está inserida nos recursos disponíveis
às mulheres que constam na Política Nacional de Saúde da Mulher do MS
(BRASIL, 2004). O Ministério da Saúde indicou a
utilização da AE somente em casos de emergência e não como método
anticoncepcional de uso rotineiro (BRASIL, 2005).
As pílulas de CE começaram a ser
disponibilizadas no mercado brasileiro a partir de 1999, e após 2000
estavam disponíveis através do Ministério da Saúde para atendimento às
mulheres vítimas de violência sexual e em 2002 pelo Programa de
Planejamento Familiar (FIGUEIREDO, 2004).
Nos EUA, em 24 de agosto de 2006, o FDA (que regulamenta a fabricação de
remédios nos EUA) aprovou a venda sem receita de uma pílula do dia
seguinte para mulheres com 18 anos ou mais. O nome genérico desse
contraceptivo é Levonorgestrel. Ele também é conhecido pelo nome de Plano B.
Essa versão da pílula foi aprovada nos EUA em 1999, mas na época não
podia ser vendida sem receita. Também foi em 1999 que esse método chegou
ao Brasil.
Fonte: HowStuffWorks Brasil
Levonorgestrel é um tipo de progesterona sintética. Para utilização na contracepção de emergência 0,75 mg, uma dose até 72
horas do ocorrido e mais uma dose após 12 horas de ter tomado a primeira
pílula ou a apresentação que conta com 1,5 mg de levonorgestrel e seu
uso é em única dose, o mais rápido possível após o incidente, num limite
de até 72 h.
Acredito
ser necessária a implementação de educação em saúde antes mesmo da
primeira menstruação, pois familiarizar o indivíduo com seu corpo,
explanar sobre mudanças naturais que ocorrem na puberdade, orientando
sobre as mudanças contínuas que naturalmente ocorrerão, suaviza essa
fase de mudança. Infelizmente, muitos genitores não estão preparados
para orientar os filhos e deixam que a vida se encarregue de ensiná-los,
o que muitas vezes leva a consequências diversas. Ou então, transfere
essa responsabilidade para a escola. Devido aos altos índices de
gestação na adolescência, algumas escolas integram projetos que abordam
temas que referem o assunto a fim de sanar dúvidas, conscientizar,
socializar e de certa forma, amenizar conceitos empregnados de mitos e
tabus. Quanto antes inserir a idéia de responsabilidade e consciência
maiores são as chances de evitar dramas ou tragédias familiares.
Educação sexual x Escola x Família
Muitas
pessoas descuidam-se, por acreditar que nada pode lhe acontecer em
determinado momento, ou por ser uma rapidinha e creditam confiança no
contraceptivo de emergência. Quando o uso é feito corretamente, seu
eficácia é melhor garatida. Wellbery (2000) relatou redução de 75% no número de gestações indesejadas com o uso deste método. Mas algumas pessoas tem utilizado essa pílula constantemente sem pensar nas consequências.
É importante a adoção de método contraceptivo!
O mais importante é fazer uso de dupla proteção, ou
seja, camisinha + pílula; camisinha + injetável; camisinha + DIU, etc. Não
esqueça que apenas método de barreira como camisinha pode evitar
HIV/AIDS. As opções de métodos contraceptivos são diversas: Para as esquecidas existe o anticoncepcional injetável; Para as organizadas e que adoram rotina o anticoncepcional oral; Para as que querem maior comodidade, os implantes intradérmicos; Para tantas existe DIU, Anel Vaginal e tantas outras opções.
REFERÊNCIA
BRASIL. Ministério da Saúde. Anticoncepção de emergência: perguntas e respostas para profissionais de saúde. Série Direitos Sexuais e Direitos Reprodutivos. Caderno nº 3. Brasília, 2005.
A pílula do dia seguinte não é tão efetiva quando a mulher está mais fértil.
Quem afirma é a ginecologista Kate Guthrie. Segundo ela, a pílula Levonelle One Step, oferecida pelo Serviço
Britânico de Aconselhamento na Gravidez (BPAS), mostra-se sem efeito
durante cinco dias acerca da ovulação. A doutora está preocupada que as mulheres possam tomar o medicam HowStuffWorks Brasil
ento
durante esses dias férteis, pensando erroneamente estar evitando a
gravidez. Ela afirma que “há evidências claras de que ela não é efetiva
nos dias anteriores à ovulação, e provavelmente muito pouco efetiva nas
36 horas seguintes”. O objetivo da campanha da BPAS é diminuir o número de mulheres que
procuram fazer abortos durante a época do Natal. A ideia é que elas
tomem a pílula na manhã seguinte ao incidente, ao invés de marcar uma
consulta, o que pode ser complicado nessa época do ano. Parte do pensamento, de acordo com o Serviço, é que “quanto mais cedo
a pílula for tomada, após o sexo sem proteção, mais efetiva é”. Guthrie
concorda com isso, comentando que a Levonelle deveria ser sempre usada
em até 72 horas após o ato. Entretanto, ela está preocupada com a informação insuficiente sobre
as limitações do remédio. Ao mesmo tempo em que ela fica feliz com o
acesso à medicação de emergência, comenta que “você precisa saber o quão
efetiva ela é”. Um guia publicado em agosto afirma que a Levonelle “não se mostrou
melhor do que placebo na supressão da ovulação quando tomado
imediatamente antes da ovulação, e não parece efetiva uma vez que o
processo de fertilização ocorreu”. Se o objetivo é interromper uma
gravidez, essa pode não ser uma forma efetiva.
Fonte: http://hypescience.com/pilula-do-dia-seguinte-nao-e-tao-efetiva-em-dias-ferteis/
OBS.: A Levonelle One Step tem como substância ativa o levonorgestrel
ATENÇÃO
Independente da situação, deve-se buscar orientação profissional
para evitar riscos ou agravos à saúde.
REFERÊNCIA
BRASIL. Ministério da Saúde. Anticoncepção de emergência: perguntas e respostas para profissionais de saúde. Série Direitos Sexuais e Direitos Reprodutivos. Caderno nº 3. Brasília, 2005.
_______.Direitos sexuais, direitos reprodutivos e métodos
anticoncepcionais.
Ministério da Saúde, Secretaria de
Atenção à Saúde, Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Brasília:
Ministério da Saúde, 2006.
_______. Ministério da Saúde.
Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas
Estratégicas. Política Nacional de
Atenção Integral à Saúde da Mulher: princípios e diretrizes / Ministério da Saúde, Secretaria de
Atenção à Saúde, Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. – Brasília,
2004, 82p.
FIGUEIREDO, R. Contracepção de emergência
no Brasil: necessidade, acesso e política nacional. Revista de Saúde
Sexual e Reprodutiva. [ periódico on-line]. 2004 set [citado 2011 dez
16]. Disponível em: http://www.ipas.org.br/revista/set04.html
WELLBERY, C. Emergency contraception. Arch Fam Med 2000; 9:642-6.
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