O Blog H. Sweet Secret é um espaço que compartilho conteúdo diversificado. Surgiu em 1° de dezembro de 2011, sendo que inicialmente não sabia ao certo qual estilo pretendia adotar e até mesmo, se deveria focar em apenas uma temática. Com o passar do tempo, fui postando uma diversidade de conteúdos e assim mantive, até porque aprecio dinamismo. Espero que façam bom uso do meu espaço. Grata a todos que acessam!
É de extrema importância o planejamento da gravidez, para evitar consequências psíquicas e físicas tanto para a mãe quanto para o bebê. Óbvio que muitos casos de gravidez não programada trazem felicitações indescritíveis para alguns, mas a importância do planejamento está na prevenção. Algumas mulheres, ao decidir por engravidar, preparam-se indo a consulta com o gineco-obstetra e são orientadas a tomar com antecedência de 1 mês, o ácido fólico. Mas em muitos casos, quando a mulher descobre a gravidez, já a ocorreu a formação do tubo neural, então não adianta querer exagerar na dose. Independente de uma excelente alimentação, faz-se necessário o uso do ácido fólico conforme prescrição médica.
O ácido fólico é uma vitamina do complexo B (B9) e pode ser encontrado em alimentos como cenoura, espinafre, fígado, vegetais de folha verde-escura, gema de ovo, aspargo, brócolis, tomate, almeirão, rúcula, couve, abóbora, chicória, agrião, grãos, caju e principalmente as frutas cítricas, os mais ácidos possuem maiores teores da vitamina. Mesmo o alimento sendo rico na vitamina, sua porcentagem é reduzida devido ao cozimento que reduz sua ação.
Objetivo do Ácido Fólico é prevenir mal formação do tubo neural durante os primeiros meses de formação do feto.
"O ácido fólico tem um papel fundamental no processo da multiplicação celular, sendo, portanto, imprescindível durante a gravidez. O folato interfere com o aumento dos eritócitos, o alargamento do útero e o crescimento da placenta e do feto." (Scholl, T.O.; Johnson, W.G. Folic acid: influence on the outcome of pregnancy. Am J Clin Nutr 2000; 71(5 Suppl):1295S-303S.)
Uso de ácido fólico preconizado pela Organização Mundial da Saúde é de 0,40g% ao dia, ou seja, 0,4 mg ao dia de ácido fólico no primeiro trimestre da gestação. Caso a gestante, tenha histórico de filhos com alterações na formação do tubo neural, merecem atenção redobrada e a prescrição será diferenciada.
Formação do tubo neural
O tubo neural é a estrutura embrionária que dará origem ao cérebro e à medula espinhal
Período embrionário: Vai da 3ª semana até o 2º mês.
Neste período ocorrem:
a) Gastrulação: formação de camadas germinativas
b) Neurulação: formação do tubo neural
c) Formação da notocorda
d) Desenvolvimento do celoma intra-embrionário
e) Desenvolvimento dos somitos
f) Desenvolvimento do sistema cardiovascular primitivo
g) Desenvolvimento das vilosidades coriônicas terciárias
Neurulação – nesta fase ocorre o surgimento do tubo neural, da notocorda, do mesoderma intra-embrionário e do celoma. Para a formação do tubo neural, as células da ectoderme presentes na porção mediana da região dorsal, ao longo de todo o embrião, sofrem um achatamento, constituindo a placa neural. Posteriormente, a placa neural invagina-se, formando o sulco neural, que se aprofunda e funde os seus bordos, constituindo o tubo neural, responsável pela formação do sistema nervoso do embrião.
Na falta do ácido fólico, o tubo neural pode não se fechar completamente, causando alterações como anencefalia, quando o bebê nasce com uma pequena parte ou mesmo com ausência de cérebro levando a morte poucos dias depois do nascimento, ou espinha bífida, que é a exposição da medula espinhal e que deixa sequelas de graus variados.
Anencefalia consiste em malformação rara do tubo neural acontecida entre o 16° e o 26° dia de gestação, caracterizada pela ausência parcial do encéfalo e da calota craniana, proveniente de defeito de fechamento do tubo neural durante a formação embrionária. Estas gestações em geral resultam em aborto e aqueles nascidos vivos morrem poucas horas, ou dias, após o parto. No Brasil, desde abril deste ano de 2012 o aborto de bebês anencéfalos foi descriminalizado, e pode ser feito com assistência médica na rede de saúde. Contudo, cabe à mulher decidir se prossegue ou não com a gestação.
E ainda, espinha bífida que ocorre quando a extremidade inferior do tubo neural não se fecha, causando danos medulares significativos. Apesar da possível correção cirúrgica, a lesão nervosa é permanente e resulta em níveis diversos de paralisia dos membros inferiores, bexiga e intestino. Além do comprometimento físico, a maior parte dos indivíduos afetados também apresenta dificuldade de aprendizado.
A dose preconizada para esta prevenção é de 400 microgramas por dia, no período de pelo menos 3 meses antes da gravidez.
Uma dose que será mantida no início da gestação, o problema é que hoje em dias muitos alimentos são fortificados com o ácido fólico e neste caso há um risco das mulheres virem a receber uma dose exagerada da vitamina. Esta questão polêmica foi respondida por um estudo americano realizado na Carolina do Norte que objetivou avaliar a proporção de mulheres que tomam ácido fólico (AF) em doses superiores ao recomendado. Para isso eles entrevistaram mais de 500 gestantes para obter dados sobre padrão nutricional ante e durante a gravidez. A boa notícia é que antes da gravidez, metade das mulheres fez a suplementação de ácido fólico. Na gestação, este número sobre para 2 em cada 3 mulheres. Porém, antes e durante a gravidez, 11% das mulheres excederam a dose máxima de 1000 mg/dia. Em geral, este hábito foi mais frequente nas mulheres da etnia brancas. Embora o estudo tenha sido conduzido nos Estados Unidos ele levanta tema interessante para todas as gestantes, que nem sempre tem um controle apurado da ingestão alimentar. Isso possivelmente se aplica às gestantes brasileiras. Para os autores é recomendado monitorizar os níveis de ácido fólico no organismo e nas dietas das gestantes. A questão subseqüente é sobre os eventuais efeitos do excesso de ácido fólico sobre o futuro bebê. Alguns estudos estão em andamento para identificar possíveis efeitos genéticos e não-genotóxicos destas doses elevadas. Mas não se pode garantir que a suplementação de ácido fólico seja inócua, apenas porque se trata de uma vitamina. Vitamina, em excesso e sem indicação, também pode fazer mal. É aquela velha história de que uma coisa boa, quando em excesso, pode se tornar ruim. (Hoyo et al. Folic acid supplementation before and during pregnancy in the Newborn Epigenetics STudy (NEST). BMC Public Health 2011,11(1):46).
1° passo para descobrir: Como a maioria, exames de farmácia eteste BHCG que é o mais seguro para indicar se é ou não gravidez, salvo algumas situações de desequilíbrio hormonal ou outra condição.
Se o resultado for positivo > Marque consulta com um obstetra ou na atenção básica, em uma unidade de saúde da família.
A Enfermagem no Brasil é legalmente competente para realizar consultas de Pré Natal, solicitar exames de rotina e exames complementares, prescrever medicamentos previamente estabelecidos pelos programas de saúde e rotinas das instituições. Essa rotina de acompanhamento em atenção básica na atualidade, se dá nas Estratégias de Saúde da Família, onde os acompanhamentos mensais são realizados por médico e enfermeira apenas para gestante de baixo risco.
Quando o atendimento se dá numa unidade de saúde da família, na 1ª consulta de enfermagem é feita a solicitação de exames conforme a rotina. Os exames laboratoriais mais comuns são:
Hemograma completo - atentar para as plaquetas
Glicemia em jejum, deve ser realizadoum exame na 1ª consulta e um na 30ª semana.
Grupo sanguíneo e fator RH (GSFRh) - fazer Commbs indireto quando mãe for Rh negativo e pai Rh positivo.
Hb/Ht (avaliar se há anemia, solicita - se um exame na 1ª consulta ).
Sorologia para Toxoplasmose
HbsAg
HIV
Sorologia para Rubéola
VDRL - para sífilis, solicita - se um exame na 1ª consulta e um na 30ª semana de gestação.
Parasitológico de fezes e EAS
Colpocitologia
OBS.: Agendamento para consulta médica em 30 dias e alternar as seguintes entre enfermeiro e médico.
A gestante e o feto formam uma unidade fisiológica, portanto ao fazer acompanhamento da gestação, devemos atentar para saúde da gestante e do feto. É importante apresentar a nova realidade e as transformações que ocorrerão no corpo da mulher, evitando sustos ou surpresas desnecessários. Ocorrem alterações desde o inicio da gravidez até o retorno normal no pós parto. É importante que a enfermagem auxilie a gestante, explicando as mudanças ocorridas e as que estão por vir, usando uma linguagem conveniente e levando em conta que cada pessoa é única. O princípio da igualdade e integralidade precisam ser exercidos, sendo que devemos atentar para a forma de lidar com faixa etária, pois a forma de prestar cuidados à adolescentes não é o mesmo que prestar cuidados à uma mulher madura, além de atentar para situações como aceitação ou não da gravidez, o significado que esta tem para cada gestante ou família da mesma. Portanto, cabe a enfermagem no pré natal, saber executar cuidados e orientações ajustando - se a cada situação. Além do que nesse momento também deve - se explicar à gestante e à família sobre sinais de parto, controle de dor, o momento do parto, puerpério e cuidados tanto consigo quanto com o RN. Desse modo, reduz a ansiedade e o medo, permitindo a mulher aproveitar melhor o momento e evitando distúrbios emocionais comuns que precedem o parto.
Importante identificar o que é normal para identificar o desvio de adaptação normal à gestação.
Alterações anatômicas e fisiológicas. Auxiliar a mulher a entender as mudanças.
Diminuir a ansiedade da mulher e da família.
Orientar a mulher e família sobre o que deve informar ao profissional do Pré Natal.
Controle de alterações (proteína na urina, edema, etc)
Referência: BARROS, Sonia Maria Oliveira de. Enfermagem no Ciclo Gravídico Puerperal. São Paulo: Manole, 2006.
A história de violência contra mulher, seja institucional ou doméstica só veio ter a devida atenção após a atitude de uma guerreira chamada Maria da Penha Maia Fernandes. O abuso sofrido por mulheres, em decorrência do modelo patriarcal e machista da sociedade, onde somos criados sob a ideia de que o homem deve ser o 'chefe da família', é quem deve ter voz e tudo deve ser de acordo com suas vontades. Mas no século XXI, não temos mais um modelo exclusivo de família como antes era preconizado, composto por pai, mãe e filho(s). Nossa sociedade vem se transformando, reconhecendo mesmo que a duras penas o direito de outros grupos, como união entre homossexuais. Quanto tempo mais seremos obrigados a viver sob o julgo da hipocrisia e quantas pessoas mais terão que ser discriminadas, desrespeitadas, marginalizadas... A mulher desde os velhos tempos foi criada e educada para constituir família, manter a vida doméstica organizada. Prova disso, desde a infância somos estimuladas a brincar de casinha e 'criar' bonecas dando o papá e fazendo tudo conforme vemos os 'exemplos' maternos. Quando a menina se recusa a brincar de boneca para participar de jogos ou brincadeiras consideradas masculinas, são criticadas e chamadas de 'machonas'. Qual o problema de um menino brincar de boneca/casinha e a menina jogar futebol, isso não será o fator que marcará sua opção sexual. Na vida cotidiana percebemos que muitas pessoas persistem em manter ideias arcaicas de que mulher deve manter a fidelidade canina para com seu companheiro, de modo a se calar quando apanha e aceitar suas escolhas sem se posicionar, vivendo um terrorismo doméstico e sob depressão. Muitas se habituam a tais situações e sempre tem uma desculpa na ponta da língua para justificar os hematomas, ferimentos e tantas consequências decorrentes dessa fidelidade. Razões comuns são a falta de condição financeira para arcar sozinha com os custos de família, medo da solidão, excesso de 'amor' como as mulheres que amam demais e perdem o brilho de viver, os filhos e tantas outras. O país oferece serviços de acolhimento para essas mulheres e famílias, mas como esses serviços trabalham? São eficazes nas suas ações? E o feed back para essas mulheres/vítimas? Um grande avanço é a institucionalização da Lei Maria da Penha, em respeitos as mulheres que são hostilizadas e coisificadas por seus companheiros e pela própria sociedade. Quantas ouvem da própria família ou pessoas próximas, frases como:
"_Como você vai largar o pai de seus filhos, vai viver como? "
"_Foi você quem escolheu esse homem, agora não pode separar para não ficar falada"
"_O que Deus uniu, que não separe o homem" (Marcos 1o:9)
Aproveitando essa última, retirada da Bíblia Sagrada e muito usada em casamentos, pergunto: Será que Deus quer mesmo uma união, onde um cônjuge vive sendo espancado, humilhado e em sofrimento? O Deus que eu creio é um Ser justo e estou certa de que se ele nos fez racionais. Podemos escolher qual caminho seguir, pois a vida é cheia de bifurcações, mas quem decide o caminho somos nós. Então, se não queremos sofrer, por que proporcionar ou permitir o sofrimento alheio? Por que ser conivente com a violência, não apenas doméstica, mas até mesmo institucional. Exemplo disso, quando uma mulher faz a denuncia contra o companheiro, no momento do julgamento, o juiz tenta dissuadi-la e tenta demover a ideia de levar o processo adiante, questionando "Você tem certeza de que vai fazer isso com o pai de seus filhos?" Uma mulher fragilizada, confusa, acaba por se sentir culpada e ao invés de manter-se como vitima, sente-se o algoz. Não somente a agressão física é configurada como agressão ou violência, mas palavras como os xingamentos, também são considerados como tal. Levar a mulher a crer que ela é um nada, talvez seja uma das piores agressões, pois afeta a auto-estima da parceira, isso gera consequências sérias como depressão. Principalmente, as que tem tendência a esse processo, pela vulnerabilidade predisposta.
O desrespeito nos lares, em alguns casos, tornaram-se regra e há situações em que não se consegue reverter. O primeiro passo para evitar esse ciclo vicioso, é a mulher ter atitude. Um grande exemplo disso foi demonstrado na novela Fina Estampa, quando Celeste, personagem de Dira Paes, independente da pressão da amiga Griselda, foi em frente e prestou queixa contra o marido violento. Cenas assim devem ser valorizadas, pois a novela é usada como modelo para muitas pessoas, seja pelos bordões, modas ou o que quer que seja copiado. Acredito que muitas mulheres se viram na personagem e certamente, ao menos pensaram no que fazer para mudar essa situação, foi um grande lance do autor Agnaldo Silva em fazer essa abordagem. Na vida real as cenas são tão chocantes quanto às exibidas nessa novela e em outras já exibidas na televisão brasileira e em filmes diversos. Casos entre famosos também são comuns nas notícias da mídia. Famosas ou não, é preciso dar um basta nisso, porque "entre tapas e beijos" só fica legal em verso de música.
O rótulo de mulher como "sexo frágil" deve ser DESTRUÍDO!!! Se ela é forte para proteger um bebê dentro de si; se é forte para enfrentar a dor de um parto normal; se consegue ser 1000 em 1 para sustentar seus filhos sem ajuda de ninguém; se encara uma jornada de trabalho em serviços antes ditos exclusivamente masculinos e muitas outras coisas... cade o sexo frágil? Só é frágil quem quer ser, porque pelo mundo a fora vemos grandes exemplos de vida e superação. Prova disso é a nova posição da mulher nos mais diversos setores, olha a Presidente Dilma...ela surpreendeu muita gente e sua atuação é um marco na política brasileira!
A luta pela conquista plena dos direitos humanos jamais cessará. Quanto à saúde da mulher, a conquista pelos direitos sexuais e reprodutivos apesar de institucionalizado pouco é reconhecido. Mesmo com programas de atendimento à mulher nas unidades de saúde, Planejamento Familiar ainda há a violência institucional por parte da saúde vigorando e impedindo a liberdade de gênero por preconceito e ignorância. Os homens podem quinzenalmente buscar camisinhas e transar com quantas mulheres for possível, mas se uma mulher confessa em consulta clínica que usa camisinha por ter relação com diversos parceiros, o tratamento é outro. Onde está o direito sexual? Somos obrigadas a seguir o modelo social de família patriarcal para sempre? Isso também é violência, tolhir os direitos legalmente concedidos. Ainda há muito a ser feito para que nosso país tenha outros olhos e trate os cidadãos devidamente, reconhecendo seus direitos e necessidades. Porém, toda jornada se inicia com um primeiro passo.
Abaixo, uma história de vida que precisa ser levada para todos, um exemplo de força feminina, a quem tenho enorme admiração, Maria da Penha Maia Fernandes.
História de Maria da Penha: A Lei que protege as mulheres contra a violência recebeu o nome de Maria da Penha em homenagem à farmacêutica cearense Maria da Penha Maia Fernandes. Com muita dedicação e senso de justiça, ela mostrou para a sociedade a importância de se proteger a mulher da violência sofrida no ambiente mais inesperado, seu próprio lar, e advinda do alvo menos previsto, seu companheiro, marido ou namorado. Em 1983, Maria da Penha recebeu um tiro de seu marido, Marco Antônio Heredia Viveiros, professor universitário, enquanto dormia. Como seqüela, perdeu os movimentos das pernas e se viu presa em uma cadeira de rodas. Seu marido tentou acobertar o crime, afirmando que o disparo havia sido cometido por um ladrão. Após um longo período no hospital, a farmacêutica retornou para casa, onde mais sofrimento lhe aguardava. Seu marido a manteve presa dentro de casa, iniciando-se uma série de agressões. Por fim, uma nova tentativa de assassinato, desta vez por eletrocução que a levou a buscar ajuda da família. Com uma autorização judicial, conseguiu deixar a casa em companhia das três filhas. Maria da Penha ficou paraplégica. No ano seguinte, em 1984, Maria da Penha iniciou uma longa jornada em busca de justiça e segurança. Sete anos depois, seu marido foi a júri, sendo condenado a 15 anos de prisão. A defesa apelou da sentença e, no ano seguinte, a condenação foi anulada. Um novo julgamento foi realizado em 1996 e uma condenação de 10 anos foi-lhe aplicada. Porém, o marido de Maria da Penha apenas ficou preso por dois anos, em regime fechado. Em razão deste fato, o Centro pela Justiça pelo Direito Internacional (CEJIL) e o Comitê Latino-Americano de Defesa dos Direitos da Mulher (CLADEM), juntamente com a vítima Maria da Penha, formalizaram uma denúncia à Comissão Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA), Órgão Internacional responsável pelo arquivamento de comunicações decorrentes de violação de acordos internacionais. Paralelamente, iniciou-se um longo processo de discussão através de proposta elaborada por um Consórcio de ONGs (ADVOCACY, AGENDE, CEPIA, CFEMEA, CLADEM/IPÊ e THEMIS). Assim, a repercussão do caso foi elevada a nível internacional. Após reformulação efetuada por meio de um grupo de trabalho interministerial, coordenado pela Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres, do Governo Federal, a proposta foi encaminhada para o Congresso Nacional.Transformada a proposta em Projeto de Lei, realizaram-se durante o ano de 2005 , inúmeras audiências públicas em Assembléias Legislativas das cinco Regiões do País, contando com a intensa participação de entidades da sociedade civil.
A Lei de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher foi sancionada pelo ex- presidente Lula, no dia 7 de agosto de , e ficou conhecida com o nome de Lei Maria da Penha Maia que é a Lei 11.340
“Essa mulher renasceu das cinzas para se transformar em um símbolo da luta contra a violência doméstica no nosso país”, afirmou o presidente na época. O projeto foi elaborado por um grupo interministerial a partir de um anteprojeto de organizações não-governamentais. O governo federal o enviou ao Congresso Nacional no dia 25 de novembro de 2004, onde se transformou em Projeto de Lei de Conversão 37/2006, aprovado e sancionado.
No dia 9 de fevereiro de 2012, o Supremo Tribunal Federal (STF) julgou a Ação Declaratória de Constitucionalidade (ADC) 19, ajuizada pela Presidência da República, com objetivo de propiciar uma interpretação judicial uniforme dos dispositivos contidos nesta lei. Por unanimidade, declarou procedente a ação e a constitucionalidade dos artigos 1º, 33º e 41º da lei que cria mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher. Por dez votos, ainda validou a punição ao agressor independe de representação da vítima, ou seja, o suspeito de ter praticado lesão corporal contra a mulher, no ambiente doméstico e familiar, pode ser punido ainda que a vítima não queira processá-lo ou mesmo que a denunciante desista da ação. Neste casos, o Ministério Público pode atuar nos casos de lesão física contra as mulheres. Com essa decisão do Supremo, juízas e juízes brasileiros não poderão mais fundamentar sentenças, alegando a inconstitucionalidade da lei e o conseqüentemente desamparo legal às mulheres vítimas, como costumeiramente vinha ocorrendo. A advogada da União, Gracie Fernandes, durante o julgamento, ressaltou que “... em 92,9% dos casos de violência doméstica, a agressão é praticada pelo homem contra a mulher, e que, em 95% dos casos de violência contra mulher, o agressor é seu companheiro”. Ainda segundo a advogada, “6,8 milhões de brasileiras já foram espancadas no ambiente doméstico, com um episódio de violência registrado a cada cinco segundos”.Os ministros e as ministras acompanharam integralmente o voto do relator, Marco Aurélio Mello, para quem a lei foi um “avanço para uma nova cultura de respeito”. O voto mais emocionante foi o da ministra Cármen Lúcia Antunes Rocha, a mais antiga mulher da composição atual do STF, composto por duas ministras, sendo Rosa Weber recém empossada. Ao fazer uma comparação com sua própria experiência feminina, Cármen Lúcia afirmou ter sentido na pele o preconceito por chegar ao topo do Judiciário. "Às vezes acham que juíza desse tribunal não sofre preconceito. Mentira! Sofre! Há os que acham que isso aqui não é lugar de mulher, como uma vez me disse uma determinada pessoa, sem saber que eu era uma ministra”. Cármen Lúcia observou que “julgamentos como o de hoje significam para mulher, que a luta pela igualação e dignificação está longe de acabar”. Ela exemplificou a discriminação em diversas situações, inclusive contra si própria, no início de sua carreira. Ressaltou ainda que hoje a discriminação é mais disfarçada em muitos casos. “Não é que não discriminem; não manifestam essa discriminação”. Por isso, segundo ela, a luta pelos direitos humanos continua. Cármen Lúcia foi enfática ao defender a punição a quem agride mulheres. "Enquanto houver uma mulher sofrendo violência em qualquer lugar do planeta, eu me sinto violentada".
Matéria de: Ana Emilia Iponema Brasil Sotero é professora, advogada, doutoranda em Ciências Jurídicas e Sociais, palestrante sobre violência de gênero, presidente do Conselho Estadual dos Direitos da Mulher de Mato Grosso e escreve exclusivamente para http://www.institutomariadapenha.org.br/toda sexta-feira - soteroanaemilia@gmail.com - http://facebook.com/AnaEmiliaBrasil
Alcançamos muitas conquistas, mas é preciso efetivá-las, não deixar apenas no papel para ser admirado, mas colocar em prática por respeito aos que lutaram e lutam pela causa e reconhecida peos que devem ser beneficiados.
Um novo estudo associou o consumo de ácidos graxos ômega 3, provenientes de peixes, à redução do risco de se desenvolver um tipo de pólipo de cólon, mas só entre mulheres. Os pesquisadores não descobriram os efeitos nos homens. O consumo de ômega 3 também não teve efeito sobre os pólipos hiperplásicos, mais passíveis de serem benignos. Estudos recentes em animais sugeriram que os ácidos graxos ômega 3 têm ação anticancerígena, mas os resultados de estudos epidemiológicos humanos foram inconclusivos. Para esse estudo de controle, os cientistas recrutaram 5.307 pacientes de colonoscopia, sendo 60% do sexo masculino, de dois hospitais do Estado do Tennessee durante um período de sete anos, que terminou em abril de 2010. Publicada na versão on-line do "The American Journal of Clinical Nutrition", a análise contou com 2.141 participantes com pólipos, que permaneceram com um grupo de controle de 3.166 sem pólipos. Todos os pacientes forneceram informações sobre a dieta que adotavam, os hábitos de saúde e o histórico médico. Dados como idade, raça, índice de massa corporal, tabagismo e outros fatores também foram considerados. No final, os pesquisadores descobriram que as mulheres cujo consumo de ômega 3 era de três ou mais porções de peixe por semana estavam 33% menos propensas a ter pólipos adenomatosos, um tipo que pode se tornar canceroso, do que as que comiam menos porções. "O ômega 3 parece ser benéfico com uma ação anti-inflamatória que ajuda a reduzir o risco de câncer", disse Harvey J. Murff, principal autor do estudo e professor adjunto na Escola de Medicina da Universidade Vanderbilt.
A maioria das mulheres menstruam e por ser fato normal entre o gênero não costumam buscar informações sobre como funciona esse processo natural, geralmente a informação que todas tem é de qual medicamento toma em caso de dismenorreia (cólica menstrual).
Há quem prefira a amenorréia, que é a ausência da menstruação, eu sou uma adepta, optei por um anticoncepcional trimestral para este fim.
Sistema Reprodutor Feminino
A hipófise anterior das meninas, como a dos meninos, não secreta praticamente nenhum hormônio gonadotrófico até a idade entre 10-14 anos. Entretanto, por essa época, começa a secretar dois hormônios gonadotróficos. GnRH é um neurotransmissor que regula as gonadotrofinas hipofisárias.
Ele se liga aos gonadótrofos hipofisários, situados na adenohipófise e
produzem as gonadotrofinas (LH e FSH).No inicio, secreta, principalmente FSH que inicia a vida sexual na menina em crescimento, mais tarde secreta o LH que auxilia no controle do ciclo menstrual. FSH causa a proliferação das celulas foliculares ovarianas e estimula a secreção do estrógeno, levando as cavidades foliculares a desenvolverem-se e a crescer. LH aumenta ainda mais a secreção das células foliculares, estimulando a ovulação.
Genitália feminina
Genitália Externa - Vulva
Cobre e protege o meato uretral, inclui:
Monte de Vênus ou Monte púbico
Pregas Tegumentárias ou formações labiais, grande e pequenos lábios
Espaço Interlabial ou fenda vulvar: vestíbulo, meato uretral, intróito vaginal e hímen
Órgãos eréteis: Clítóris e bulbovestibulares
Glândulas Acessórias: Skene e Bartholin
Genitália Interna - Vagina
Órgão de cópula, recebe pênis e semen ejaculado
Útero: retém óvulo fecundado possibilitando o desenvolvimento e crescimento, expulsa o bebê no parto ou antes, em caso de aborto. Também é o órgão da gestação.
Tubas ou Trompas de Falópio recolhem o óvulo e conduzem ao útero, são os ovidutos
Ovários são gônadas, produzem os óvulos
Carúncula Himenal é o que restou do hímen após várias relações sexuais e principalmente após o parto.
Hormônios Sexuais Femininos
SNC manda mensagem para o hipotálamo que irá estimular GnRH, que irá estimular a produção de FSH e LH.
Os dois hormônios ovarianos, o estrogênio (ou estrógeno) e a progesterona são responsáveis pelo desenvolvimento sexual da mulher e pelo ciclo menstrual.
Estrogênio
A função do estrógeno é induzir as células de muitos locais do organismo a proliferar, isto é, aumentar o número. Por exemplo: A musculatura lisa do útero, aumenta tanto que o órgão, após a puberdade, chega a duplicar ou mesmo triplicar de tamanho. O estrogênio também provoca aumento da vagina e desenvolvimento dos lábios que a circundam, faz o pubis se cobrir de pêlos, os quadris se alargarem e o estreito pélvico assumir a forma ovóide, em vez de afunilar como no homem; provoca o desenvolvimento das mamas e a proliferação dos seus elementos glandulares e, finalmente, leva o tecido adiposo a concentrar-se na mulher em áreas como os quadris e coxas, dando-lhes arredondamento típico do gênero. Em resumo, todas as características que distinguem a mulher do homem são devido a presença do estrogênio e a razão básica para o desenvolvimento dessas características é o estímulo à proliferação dos elementos celulares em certas regiões do corpo. O estrogênio também estimula o crescimento de todos os ossos após a puberdade, mas promove rápida calcificação óssea fazendo com que as partes dos ossos que crescem se extingam dentro de poucos anos, de forma que o cresscimento pára. A mulher nessa fase cresce mais rapidamente que os homens, porém pára nos 1°s anos de puberdade. O estrogênio tem efeitos muito importantes no revestimento interno do útero, o endométrio no ciclo menstrual.
Progesterona
Está principalmente relacionado à preparação do útero para a aceitação do embrião e à preparação das mamas para a secreção láctea. Em geral, a progesterona aumenta o grau da atividade secretória das glândulas mamárias, e também das células que revestem a parede uterina, acentuando o espassamento do endométrio e fazendo com que ele seja intensamente invadido por vasos sanguíneos, determina ainda o surgimento de numerosas glândulas produtoras de glicogênio. Finalmente a progesterona inibe contrações do útero, impedindo assim, a expulsão do embrião que está se implantando ou do feto em desenvolvimento.
Ciclo Menstrual
O ciclo menstrual é causado pela secreção alternada de FSH e LH pela hipófise, e dos estrógenos e progesterona pelos ovários. A menstruação é uma descamação do endométrio acompanhada de saída de sangue. Isto ocorre, porque os ovários reduzem muito a secreção de hormônios e estes, por mecanismos, reduzem o estímulo do endométrio, cujas celulas morrem e descamam.
A adenohipófise secreta maiores quantidades de FSH com pequenas quantidades de LH. Juntos, eles promovem o crescimento de diversos folículos nos ovários e acarretam uma secreção considerável de estrógeno. Acredita-se que o estrogênio tenha, então dois efeitos sequenciais sobre a secreção da adenohipófise. Primeiro, inibiria a secreção dos FSH e LH, fazendo com que suas taxas declinassem a um mínimo por volta do 10° dia do ciclo. Depois, subitamente a adenohipófise começaria a secretar quantidades muito elevadas de ambos os hormônios, mas principalmente de LH. É essa a fase de aumento súbito da secreção que provoca o rápido desenvolvimento final de um dos folículos ovarianos e a sua ruptura dentro de cerca de 2 dias.
O processo de ovulação, que ocorre por volta do 14° dia de um ciclo de 28, conduz ao desenvolvimento do corpo lúteo ou corpo amarelo, que secreta quantidades elevadas de progesterona e quantidades consideráveis de estrogênio.
O estrogênio e a progesterona secretados pelo corpo lúteo inibem novamente a adenohipófise, diminuindo a taxa de secreção dos hormônios FSH e LH. Sem esses hormônios para estimulá-lo, o corpo lúteo involui, de modo que a secreção de estrogênio e progesterona cai para níveis muito baixos. É nesse momento que a menstruação se inicia, provocado por esse súbito declínio na secreção de ambos hormônios. Nessa ocasião, a adenohipófise que estava inibida pelo estrogênio e pela progesterona, começa a secretar outra vez grande quantidade de FSH, iniciando novo ciclo.
O 1° dia do ciclo menstrual é o dia de inicio da menstruação,
não importa quantos dias dure!
No 1° dia da menstruação inicia-se o ciclo menstrual, que dura em média 28 dias. Após estes, caso não tenha acontecido a fecundação, ocorre um novo sangramento, ou seja, uma nova menstruação, iniciando-se um novo ciclo menstrual. O Sistema Nervoso Central (SNC) manda uma mensagem para o hipotálamo que irá estimular o GnRH a estimular a produção de FSH (Hormônio Folículo Estimulante) e LH (Hormônio Luteinizante). No inicio do ciclo a quantidade de FSH estará alta para que ocorra a estimulação e assim o folículo primário se desenvolva, também ocorre aumento de estrogênio para ocorrer Epitelização do útero. A medida que o folículo primário vai se desenvolvendo, diminui o FSH e aumenta o LH que amadurecerá o folículo, transformando-o de primário em secundário, folículo de Graaf. E ocorrerá também a formação de Corpo Lúteo que secretará grande quantidade de progesterona. Próximo ao 14° dia que é o pico de LH e progesterona para que ocorra a extrusão do óvulo, enquanto que a progesterona preparará o útero para receber o óvulo fecundado e impede que outro folículo se desenvolva. Ocorrendo fecundação, o corpo lúteo se chamará Corpo Luteo da Gravidez e permanecerá com níveis altos de progesterona e estrogênio para manter a gravidez até que a placenta seja formada para desempenhar o papel do mesmo.
Em caso de regressão do Corpo Lúteo (atrofia) ocasiona queda de estrogênio e progesterona. O endométrio que é a camada superficial perde seu suprimento, se descama após degenerar. A menstruação é resultado da descamação do endométrio, daí a presença do sangramento.
Enquanto o endométrio descama, o FSH começa a ser secretado em maior quantidade pela hipófise, fazendo com que se desenvolvam os folículos ovarianos. Os folículos ovarianos são bolsas de líquido que contém óvulos ou oócitos.
Perto do 7° dia do ciclo, o FSH começa a diminuir. Com a falta dele, alguns folículos param de crescer e morrem. Por isso, em cada ciclo menstrual, de todos aqueles folículos recrutados que começam a crescer, apenas um ou raramente dois, se desenvolve até o fim e assim ocorre a ovulação.
Durante o crescimento, o folículo secreta quantidades cada vez maiores de estrogênio, que produz alteração nas mulheres. Ele estimula o crescimento do endométrio - depois da menstruação, o endométrio fica muito fino. Conforme a secreção de estrogênio vai aumentando, começa a tornar espesso e se prepara para a implantação do embrião. Além de estimular a secreção de muco pelo canal cervical. Quanto mais estrogênio é secretado, mais o muco tende a ficar receptivo ao espermatozóide. Quando a quantidade de estrogênio no sangue é máxima, o endométrio atinge também o máximo de crescimento e o muco se torna ótimo para ser penetrado pelo espermatozóide. Nessa ocasião, é estimulada a secreção de LH que aumenta muito depressa no sangue e atinge o máximo, o chamado "pico de LH".
Algumas horas após ocorrer a Ovulação, muito do LH secretado é retirado pelos rins e eliminado na urina. Por isso, a medida de LH na urina pode ser utilizada para detectar um período muito próximo a ovulação. Em média, a ovulação ocorre no 14° dia do ciclo menstrual (mas pode ocorrer antes ou depois, sem impedir gravidez).
Algumas formas de conhecer o intervalo de dias dentro do qual acontece a ovulação:
Dor no baixo abdomen
Secreção de muco cervical
Temperatura do corpo
Testagem de hormônios
Após a ovulação, o folículo se transfoma em corpo lúteo e passa a fabricar estrogênio e progesterona, que vai terminar o preparo do endométrio para a implantação do embrião. Mais ou menos entre o 6° e 8° dia após a ovulação, o nível de progesterona no sangue atinge o máximo e a medida deste hormônio no sangue, se for baixa é causa de infertilidade. Se não ocorrer a implantação do embrião, param de ser fabricados pelo corpo lúteo, seu nível diminui e se inicia a menstruação.
Por que o endométrio descama?
Devido a regressão do corpo lúteo, há uma queda na produção de estrogênio e progesterona produzidos pelos ovários, reduz assim, o estímulo no endométrio, então as células morrem e descamam.
O que ocorre depois da descamação?
A hipófise secreta FSH em grande quantidade e ocasiona crescimento de folículos ovarianos, próximo ao 7° dia do ciclo, havendo queda de FSH.
Com a falta de FSH, o que ocorre?
Alguns folículos param de crescer e morrem, apenas um ou raramente dois, se desenvolve até o fim com influência do LH que conduz a maturação com crescimento do folículo, secreta estrogênio em grande quantidade.
O que faz o estrogênio?
Estimula o crescimento do endométrio tornando-o mais espesso, preparando-o para a implantação do embrião. E quanto mais estrogênio for secretado, mais o muco se torna receptivo ao espermatozóide. Então, máximo de estrogênio, máximo de crescimento atingido pelo endométrio.
E nessa ocasião, o que ocorre?
Estimulada a secreção de LH, atinge seu pico.
CICLO MENSTRUAL EM 4 FASES
Fase menstrual: Corresponde aos dias de menstruação, dura cerca de 3-7 dias.
Fase proliferativa ou estrogênica: Período de secreção de estrogênio pelo folículo ovariano, que se encontra em maturação.
Fase secretora ou lútea: O final da fase proliferativa e o inicio da lútea é marcado pela ovulação. Essa fase é caracterizada pela intensa ação do corpo lúteo. O corpo lúteo produz progesterona e estrogênio, se não houver a gravidez, ele dura 14 dias.
Fase pré-menstrual ou isquêmica: Período de queda das concentrações dos hormônios ovarianos, quando a camada superficial do endométrio perde seu suprimento sanguíneo normal e a mulher está prestes a menstruar. Com a regressão do corpo lúteo, caem os níveis de estrogênio e progesterona, assim o endométrio descama e ocorre a menstruação. Dura cerca de 2 dias, podendo ser acompanhada por cefaléia (dor de cabeça), dor nas mamas, alterações psiquicas como irritabilidade (TPM) e insônia.
E depois da menstruação? (RESUMO)
Os ovárioscomeçam a desenvolver folículos, estruturas arredondadas preenchidas por líquido, onde os óvulos se desenvolvem. Esse desenvolvimento depende de FSH. Os folículos produzirão estrogênio, que tem função de fazer o endométrio se desenvolver e tornar mais espesso. Vários folículos podem crescer, mas apenas um ou raramente dois, liberará o óvulo no momento da ovulação. O que atinge maior tamanho - Folículo dominante - é o responsável pela produção de estrogênio. Aproximadamente na metade do ciclo menstrual, o folículo dominante já está bem desenvolvido e o nível de estrogênio aumenta rapidamente, leva liberação de LH. Ocorre pico de LH na fase pré-ovulatória para que ocorra a maturação do folículo. Rompe o folículo, é liberado líquido do interior mais o óvulo. Ocorre a ovulação. Pós - ovulação no óvario ocorre formação de corpo lúteo, onde havia o folículo dominante. O corpo lúteo é responsável pela produção de progesterona que tem a função de amadurecer o endométrio, sua ação é de estimular o desenvolvimento e secreção de glândulas do endométrio que é essencial para a nutrição do embrião nos primeiros dias da gravidez.
REFERÊNCIAS
GUYTON, A.C.; HALL, J.E. Tratado de Fisiologia Médica. 11ª ed. Rio de Janeiro, Elsevier Ed., 2006.
BARROS, S. Enfermagem no Ciclo Gravídico Puerperal. 27ª Ed; Editora Manole, Barueri-SP, 2006.
Fibro edema gelóide ou lipodistrofia
ginóide, ou ainda, celulite, é uma infiltração edematosa do tecido conjuntivo
subcutâneo, não inflamatória, seguida de polimerização da substância
fundamental, que infiltrando-se nas tramas, produz uma reação fibrótica
consecutiva. (Guirro & Guirro, 2002)
Lipodistrofia é quando há uma alteração do tecido gorduroso, com
formação de traves fibróticas que ligam a pele diretamente ao tecido
subcutâneo, repuxando o tecido e conseqüentemente, provocando a redução
da circulação neste local. Esse fator dá à pele aquele aspecto de casca
de laranja.
Ginóide é referente ao gênero feminino, ou seja, a mulher.
Mulheres com lindos rostos ou não, muitas vezes magérrimas ou com corpos invejáveis, sucessos nacionais ou internacionais, mas tão reais quanto todas as outras que vivem longe dos holofotes. As fotografias em capa de revistas que passam por inúmeras correções de Photoshop escondem realidades comuns de todas nós, somos mulheres de carne, osso e celulites.
Tudo na vida tem uma razão de ser. Então, qual o motivo de tanta crítica, principalmente entre as próprias mulheres? A mídia busca assuntos para explorar a todo tempo, quem não tem inteligência emocional para lidar com questões de estética pira, literalmente. Tudo bem, que por uma razão óbvia o uso de Photoshop em fotos é comum, para corrigir imperfeições ou seja, mascarar a realidade. E quem não gosta de ver suas fotos 'limpas', onde tudo aquilo que você detesta em seu corpo num passe de mágica some. Até ai, ok. Contudo, o que não concordo é que transformam um assunto como esse em polêmica, tal como as notícias que são despejadas diaiamente na internet, tv e outros meios de comunicação: "Fulana de tal tem celulite". Sim, e milhões de famílias passam fome, o país ainda mantém um índice vergonhoso de analfabetismo, saúde precária, desemprego. Bom, isso parece não importar tanto quanto as celulites de Juliana Paes e outras.
Eis abaixo algumas famosas, ex-famosas ou nem tão famosas assim, em momentos de realidade. Elas têm celulites, sim, e daí? Nós também temos e odiamos, é fato!
Realidade nua e crua... elas são tão 'normais' e humana quanto eu, você, sua mãe, sua vó, sua tia, sua vizinha, aquela coleguinha de trampo ou facu que você ama e também aquela que você detesta e tantas outras mulheres por aí.
Beyoncè
Tara Reid
Daniela Sarahyba
Misha Barton
Sharon Stone
Jennifer Lopes
Juliana Paes
Britney Spears
O termo "celulite" foi primeiro usado na década de 1920, para descrever uma alteração estética da superfície cutânea. Os fatores hereditários que incluem: sexo; raça; biótipo; distribuição da gordura corporal; número, disposição e sensibilidade de receptores de hormônios nas células afetadas e suscetibilidade para insuficiência circulatória. O autor citou ainda que desordens coexistentes podem ser importantes, como, alterações hormonais, circulatórias, metabólicas, ginecológicas, nefróticas e gastrintestinais. (ROSSI & VERGNANINI, 2000). Porém, a denominação fibro edema gelóide (FEG) tem-se demonstrado como o conceito mais adequado para descrever o quadro historicamente conhecido e erroneamente denominado de celulite (GUIRRO & GUIRRO, 2004). Descrito por Rossi & Vergnanini (2000) como uma alteração da topografia da pele que ocorre sobre a região pélvica,
membros inferiores e abdome. É caracterizada por um estofado ou
aparência de “casca laranja”. Etimologicamente, é definida como um
distúrbio metabólico localizado no tecido subcutâneo que provoca uma
alteração na forma do corpo feminino.
Como identificar?
Na palpação, segundo Ciporkin; Paschoal (1992), encontramos quatro sinais
clássicos, que são: o aumento da espessura celular subcutânea; da
consistência; da sensibilidade à dor e diminuição da mobilidade por aderência.
Segundo Guirro; Guirro (2004), o primeiro teste para reconhecer a celulite,
consiste no “teste da casca de laranja”, onde se pressiona o tecido adiposo
entre os dedos polegar e indicador ou entre as palmas das mãos e a pele
adquire uma aparência rugosa, tipo casca de laranja. O outro teste é
denominado de “teste da preensão” (pinch test). Após a preensão da pele
juntamente com a tela subcutânea entre os dedos, promove-se um movimento de
tração. Se a sensação dolorosa for mais incômoda do que o normal, este também
é um sinal do fibro edema gelóide, onde já se encontra alteração da
sensibilidade.
Para esses autores, pode ser dividida
em três estágios:
Grau I ou brando:
Ainda não é visível à inspeção somente pela compressão do tecido entre os
dedos ou contração voluntária, não há alteração de sensibilidade à dor, sendo
sempre curável.
Grau II ou moderado:
As depressões são visíveis mesmo sem a compressão dos tecidos, com a luz
incidindo lateralmente, as margens são especialmente fáceis de serem
delimitadas. Já existe alteração de sensibilidade, sendo freqüentemente
curável.
Grau III ou grave:
O acometimento já é percebido com o indivíduo em qualquer posição, ortostática
ou em decúbito. A pele fica enrugada e flácida. Há aparência por apresentar-se
cheia de relevos, assemelha-se a um “saco de nozes”, a sensibilidade à dor
está aumentada e as fibras do conjuntivo estão quase totalmente danificadas.
Este estágio grave é considerado como incurável ainda que passível de melhora.
TRATAMENTO ANTI-CELULITE
Cientes de que para obter mudanças no corpo, tudo também depende de uma boa nutrição e mudança de hábito. Ressaltando mais uma vez a importância de atividade física, ingestão de alimentos saudáveis, abstinência de álcool e fumo, ou seja, buscar qualidade de vida para obter resultados satisfatórios associados a tratamentos médico ou de estética sempre com orientação de um médico, nesse caso o dermatologista.
Tratamento Médico
Subcisão (subcision): esta técnica
consiste na introdução de uma agulha, com ponta
cortante, por baixo do furinho da celulite, para cortar as fibras
que repuxam a pele para baixo, desfazendo os nódulos. É
necessária a anestesia local. Além de liberar a
pele, o hematoma decorrente do trauma leva à formação
de tecido colágeno na região, que também
ajuda a elevar a pele. Após o tratamento, é necessário
o uso de curativo compressivo e de meias elásticas. As
manchas roxas somem em cerca de 15 a 30 dias e o resultado é
bom. O procedimento só pode ser realizado por médicos
habilitados, está indicado nos estágios mais avançados
da celulite e não deve ser feito em áreas muito
extensas de uma só vez. É o único tratamento
reconhecido pela Sociedade Brasileira de Dermatologia.
Tratamentos Estéticos
OBS.: Estes tratamentos necessitam
de estudos científicos mais aprofundados que comprovem a sua eficácia.
Eletrolipoforese: consiste na introdução
de agulhas na pele ligadas a um aparelho que transmite corrente
elétrica de baixa frequência entre elas. A finalidade
seria a quebra da gordura intra-celular, facilitando a sua reabsorção.
Drenagem linfática: esta massagem estimularia
a reabsorção do edema da celulite para os canais
linfáticos, que são finos vasos que levam os líquidos
dos tecidos para as veias. A drenagem ajuda a reabsorver a água
e gordura acumuladas no tecido subcutâneo. É um método
que pode ser realizado em combinação com a mesoterapia.
Endermologia: um aparelho realiza a sucção
da pele por um tubo, enquanto ela é comprimida entre 2
rolos, provocando uma massagem vigorosa, cuja finalidade seria
redistribuir a gordura de forma mais uniforme no tecido subcutâneo.
Cremes cosméticos: geralmente indicados
como coadjuvantes dos outros tratamentos, apresentam em sua composição
substâncias que levariam à quebra da gordura, estimulação
do fluxo sanguíneo e drenagem linfática, além
da suavização da superfície da pele.
Quase toda mulher tem celulite, isso mesmo, quase todas. Porém se você optar por não tê-las... ainda há um jeito, mas seu corpo ficará como o da gatinha abaixo.
Larissa Cunha ( Miss Universe 2010)
Fisiculturismo ou culturismo é um esporte cujo objetivo é buscar, por meio da musculação,
a melhor formação muscular. Sua disputa ocorre em apresentações
coletivas ou individuais, de comparação. Os requisitos são: volume,
simetria, proporção e definição muscular.
Se gostou do exemplo acima, siga o exemplo abaixo de Sônia
Moreira Ferraz. Ela era uma vovó comum até os 59 anos quando resolveu se
preparar para participar de campeonatos de fisiculturismo. Hoje, aos 67,
ela exibe um corpo todo musculoso, com 47 kg em 1,49 m, com quase zero
gordura e nenhuma celulite.
Na minha opinião, é melhor ter celulites!!!!
REFERÊNCIAS
CIPORKIN, H.; PASCHOAL, L. H. Atualização terapêutica e fisiopatogênica da
lipodistrofia ginóide. São Paulo: Santos, 1992.
GUIRRO, E. C. O.; GUIRRO, R.R.J. Fisioterapia Dermato-Funcional. 3.ed. São Paulo:
Manole, 2002.
GUIRRO, E.C.O.; GUIRRO, R.R.J. Fisioterapia Dermato-Funcional: Fundamentos, Recursos e Patologias. 3. ed. Rev. e ampliada. Barueri, SP: Ed. Manole, 2004.
ROSSI, A.B.R.; VERGNANINI, A.L. Celulite: a review. Journal of the European Academy of Dermatology and Venereology, v.14, n.4, p.251-262, 2000.