Profissionais que trocam o dia pela noite fazem alterações no relógio
biológico. Nem todas essas mudanças, no entanto, são bem recebidas pelo
organismo. Pesquisadores da Universidade de Harvard, em Boston
(Massachussets, EUA), afirmam que mulheres que trabalham de madrugada
têm maior tendência a contrair diabetes. As taxas dessa tendência, segundo os pesquisadores, não são pequenas.
O estudo foi conduzido em um hospital, que conta com enfermeiras de
horário diurno e outras que cumprem turno à noite. A comparação entre os dois grupos mostrou que as auxiliares com mais
de três anos no emprego têm 20% a mais de chances de adquirir diabetes
mellitus do tipo 2. Se a enfermeira está no posto noturno há mais de
vinte anos, a possibilidade de contrair a doença sobe para 60% em
relação às que trabalham durante o dia. A principal razão para esse aumento de risco, como os médicos já
suspeitavam, é efeito colateral dos empregos noturnos: o aumento do
peso. Se não souber organizar os horários, a pessoa que trabalha de
madrugada acaba dormindo mal e se alimentando pior. Essas disfunções se
relacionam diretamente com a obesidade e, em seguida, com a diabetes. Para chegar a um resultado mais preciso, a pesquisa também levou em
conta fatores externos da vida de cada enfermeira, tais como histórico
familiar de diabetes, vícios como álcool e fumo, alimentação fora do
período de atuação e horas de sono nos períodos de folga. Dessa forma,
os pesquisadores afirmam que o simples fato de trabalhar à noite não
representa necessariamente um risco, mas os hábitos de saúde devem ter
vigilância dobrada.
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