A maioia das pessoas já teve contato com o HPV, mas quase sempre o corpo elimina o vírus naturalmente. Quando isso não ocorre, a infecção pode ficar persistente, sendo esta nas mulheres, uma das causas de câncer de colo de útero. A principal forma de contágio é sexual.
No começo do ano, a mulher descobriu que tinha HPV. "Eu achei que eu fosse me curar por si só e que fosse regredir", diz. Depois de oito meses, mudou de médica e recebeu a má notícia. "Ela explicou que pode virar um câncer. E aí vai ser muito pior, vou ter que fazer uma quimioterapia, uma radioterapia." O jeito vai ser fazer uma cirurgia para retirar parte do colo do útero.
A discussão é se o Brasil segue outros 30 países e passa a vacinar as mulheres contra esse vírus. Hoje no Senado, médicos e representantes do Ministério da Saúde discutiram um novo projeto que pretende oferecer a vacina de graça na rede pública, para mulheres de 09 aos 40 anos. Atualmente, a vacina só existe em clínicas particulares, são 03 doses que custam R$1.100. A vacina é cara até para o governo que estuda a possibilidade de imunizar uma faixa menor da população: Meninas de 10 aos 13 anos, antes do inicio da vida sexual. Além dessa idade, o Ministério diz que a vacina está fora de cogitação.
"Depois que a menina, adolescente ou mulher tem contato com o HPV, a vacina não traz mais nenhum benefício. Isto está bem comprovado, por estudos realizados em várias partes do mundo." Afirma Jarbas Barbosa, secretário de Vigilância do Ministério da Saúde.
Os médicos discordam, para eles, mesmo sem proteger contra todos os tipos de vírus do HPV, a vacina pode ser usada por mulheres adultas. "Melhor ação preventiva de vírus é vacinar", garante Etelvino de Souza Trindade, presidente da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia.
O que não tem erro nem discussão é uma medida simples: todas as mulheres precisam fazer o exame preventivo anualmente. O Ministério da Saúde estima que gastaria R$500 milhões, por ano, para vacinar apenas as meninas de 10 a 13 anos.
Fonte: http://g1.globo.com/jornal-hoje/noticia/2011/12/governo-estuda-vacinar-meninas-entre-10-e-13-anos-contra-o-hpv.html
Mas o que é HPV?
HPV: É a sigla em inglês para papiloma vírus humano. Os HPVs são vírus da família Papilomaviridae, capazes de provocar lesões de pele ou mucosa. Na maior parte dos casos, as lesões têm crescimento limitado e habitualmente regridem espontaneamente. Existem mais de 200 tipos diferentes de HPV, classificados em de baixo risco de câncer ou alto risco de câncer. OBS.: Apenas os de alto risco de câncer estão relacionados a tumores malignos.
TIPOS DE HPV: Os vírus de alto risco, com maior probabilidade de provocar lesões persistentes e estar associados a lesões pré-cancerosas são os tipos 16, 18, 31, 33, 45, 58 e outros. Já os HPVs do tipo 6 e 11, encontrados na maioria das verrugas genitais ou condilomas genitais e papilomas laríngeos, parecem não oferecer nenhum risco de progressão para a malignidade, apesar de serem encontrados em pequena proporção em tumores malignos.
Estudos no mundo compravam que 50 a 80% das mulheres sexualmente ativas serão infectadas por um ou mais tipos de HPV em algum momento de suas vidas. Porém a maioria das infecções é transitória, sendo combatida espontaneamente pelo sistema imune, principalmente entre as mulheres mais jovens. Qualquer pessoa infectada com HPV desenvolve anticorpos que poderão ser detectados no organismo, mas nem sempre estes são suficientemente competentes para eliminar o vírus.
TRANSMISSÃO DO PAPILOMAVÍRUS: Por contato direto com a pele infectada. Os HPVs genitais são transmitidos por meio das relações sexuais, podendo causar lesões na vagina, colo do útero, pênis e ânus. Também há estudos que demonstram a presença rara dos vírus na pele, na laringe (cordas vocais) e no esôfago. Já as infecções subclínicas são encontradas no colo do útero. O desenvolvimento de qualquer lesão clínica ou subclínica em outras regiões do corpo é bastante raro.
INFECÇÕES: As infecções clínicas mais comuns na região genital são as verrugas genitais ou condilomas acuminados, popularmente conhecidas como 'crista de galo'.
As lesões subclínicas não apresentam nenhum sintoma, podendo progredir para o câncer de colo de útero, caso não seja tratado precocemente.
PREVENÇÃO: Uso de preservativo diminui a possibilidade de transmissão na relação sexual, apesar de não evitá-la totalmente. Por isso seu uso é recomendado em qualquer tipo de relação sexual, mesmo entre casais estáveis.
DIAGNÓSTICO: As verrugas genitais encontradas no ânus, no pênis, na vulva ou em qualquer área da pele podem ser dagnosticadas pelo exame urológico (pênis), ginecológico e dermatológico. O diagnóstico subclínico das lesões precursoras do câncer do colo do útero, produzidas pelo papilomavírus, é feita através do exame citopatológico (Exame preventivo ou Papanicolau). O diagnóstico é confirmado através de exames laboratóriais de diagnóstico molecular, como o teste de captura híbrida e o PCR.
Exames podem ser realizados gratuitamente em postos de exame de coleta de exames preventivos ginecológico do SUS (Sistema Único de Saúde), a exemplo de PSF. Mais informações procure a Secretaria de Saúde do município.
RISCO DE INFECÇÃO EM GESTANTE: A ocorrência de HPV durante a gravidez não implica obrigatoriamente numa má formação do feto e nem impede o parto normal. A via de parto (cesariana ou normal) será determinada pelo médico após avaliação individual de cada caso.
PARCEIRO SEXUAL: O fato de ter mantido relações sexuais com uma mulher infectada pelo papilomavírus não quer dizer obrigatoriamente ocorrerá a transmissão da infecção. Porém,é recomendado procurar um urologista para avaliar por meio de peniscopia (visualização do pênis através de lente de aumento) ou do teste de biologia molecular (exame de material colhido do pênis para pesquisar a presença de DNA do vírus HPV), de forma a identificar ou não a presença de infecção pelo papilomavírus.
TRATAMENTO PARA ERRADICAR A INFECÇÃO PELO PAPILOMAVÍRUS: A maioria das infecções é assintomática ou inaparente e de carater transitório. As formas de apresentação são clínica com lesões exofíticas ou verrugas e subclínica, sem lesão aparente. Diversos tipos de tratamentos podem ser oferecidos tais como tópico, com laser e cirurgico. Porém só o médico avaliando cada caso para recomendar a conduta adequada.
RISCO DE CÂNCER DE COLO DE ÚTERO: Estudos epidemiológicos mostram que a infecção por papilomavírus é muito comum, mas somente uma pequena fração das mulheres infectadas desenvolverão o câncer de colo de útero.
FATORES DE RISCO: Há fatores que aumentam o potencial de desenvolvimento de câncer de colo de útero em mulheres infectadas pelo papilomavírus: número elevado de gestações, uso de contraceptivo oral, tabagismo, pacientes tratadas com imunossupressores (transplantadas), infecção pelo HIV e outras doenças sexualmente transmitidas, tais como clamídia e herpes.
Fonte: http://www.inca.gov.br/conteudo_view.asp?id=327
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