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O Blog H. Sweet Secret é um espaço que compartilho conteúdo diversificado. Surgiu em 1° de dezembro de 2011, sendo que inicialmente não sabia ao certo qual estilo pretendia adotar e até mesmo, se deveria focar em apenas uma temática. Com o passar do tempo, fui postando uma diversidade de conteúdos e assim mantive, até porque aprecio dinamismo. Espero que façam bom uso do meu espaço. Grata a todos que acessam!
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quarta-feira, 15 de agosto de 2012
Enfermagem: CAB Atenção ao Pré Natal de baixo risco 2012
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terça-feira, 5 de junho de 2012
Imunização: Funcionamento de Rede de Frio
Rede de frio ou Cadeia de Frio
Segundo o Ministério da Saúde (2001), A Rede de Frio ou Cadeia de Frio é o processo de armazenamento, conservação, manipulação, distribuição e transporte dos imunobiológicos do Programa Nacional de Imunizações, e deve ter as condições adequadas de refrigeração, desde o laboratório produtor até o momento em que a vacina é administrada.
Como funciona
Se estende nos 3 níveis de atenção à saúde, então:
À nível central - O Ministério da Saúde é o responsável pela aquisição, confecção e distribuição dos imunobiológicos, assim como pela elaboração e discussão do calendário vacinal, estratégias de bloqueio e campanhas.
À nível regional (estados da União) - Sua responsabilidade compreende o encaminhamento de materiais e imunobiológicos a seus municípios, definidos em cotas com base no número de nascidos vivos e na elaboração de estatísticas utilizadas para a sala de imunização.
À nível local (municípios) - Responsável pela implementação do calendário vacinal proposta, armazenamento dos imunobiológicos recebidos de acordo com a cota preestabelecida, elaboração de estratégias, vigilância epidemiológica, bloqueio e operacionalização do Programa Nacional de Imunização.
Composição da Cadeia de Frio
LABORATÓRIO PRODUTOR ---> CÂMARA FRIA (Instância Nacional) --->Caixa Térmica (transporte) ---> CÂMARA FRIA (Instância Estadual) Freezers ---> Caixa Térmica (transporte) ---> CÂMARA FRIA (Instância Regional) - Geladeira Comercial/Geladeira/Freezer ---> Caixa Térmica (transporte) --> Instância local - Geladeira/Caixa Térmica ---> Vacinação
Mas se houver falha nesse processo, cabe ao enfermeiro implementar estratégias no seu ambiente de trabalho. Todo o controle é feito através de termômetros. Os imunobiológicos dever ser acondicionados em temperatura +2°C e +8°C, esta temperatura é preconizada pelo MS para garantir a qualidade dos produtos no interior das geladeiras e dentro das caixas térmicas.
Lembrar que a temperatura do equipamento deve ser verificada duas vezes ao dia, ao chegar ao trabalho e ao findar das atividades e a cada verificação anotar os valores no mapa de temperatura, que deve estar afixado à porta da geladeira.
São utilizados:
- Termômetro de máxima e mínima - utilizado entre a primeira e segunda prateleira e no centro da grade para não comprometer a temperatura do refrigerador.
- Termômetro Linear
- Termômetro de cabo extensor
Durante o funcionamento da sala de vacina, deve-se utilizar caixas térmicas ou de isopor para o acondicionamento das vacinas. Sendo que a caixa utilizada deve estar em condições adequadas de uso, de modo que o profissional deve limpá-la e secá-la. A higienização deve ser feita com uso de álcool a 70%, no inicio e no final do turno de trabalho. Deve-se observar a vedação da caixa, evitando assim a alteração de temperatura para a conservação de vacinas. Quanto às paredes da caixa, não deve haver qualquer rachadura ou dano.
O ideal é ter 4 caixas e de cores diferentes para facilitar a operacionalização do setor.
Caixa térmica
Caixa térmica
No inicio de cada turno, retirar 4 bobinas de gelo reciclável ou gelox e deixá-las em cima da tampa da caixa térmica, por 15 minutos. Colocar cada bobina de gelo reciclável nas extremidades da caixa térmica /isopor por 15 minutos. Após esse período fora do congelador, as bobinas deverão ser secadas e arrumadas na caixa térmica/isopor. Colocar um termômetro do modelo linear e depois disso, mantê-la fechada por um período de 20 minutos. Ao fim desse tempo, deve-se checar se a temperatura está entre +2°C e +8°C. Somente após a confirmação dessa temperatura, os imunobiológicos podem ser condicionados na caixa térmica/isopor. Depois de utilizado, o termômetro deve ser guardado na porta da geladeira.
Atenção às bobinas, pois em regiões muito quentes, atenção às bobinas quando estiverem 'suando' muito na caixa. Elas devem ser trocadas!
É imprescindível conhecer como se deve armazenar os imunobiológicos na sala de vacina da unidade de saúde, para isso o uso de geladeira exclusiva e com organização como predetermina o Ministério da Saúde é fundamental, para a conservação do material. Portanto, essas geladeiras devem permanecer constantemente ligadas e devem estar ligadas a tomadas com saída para um gerador, porque se houver falta de luz ou oscilação na corrente elétrica não comprometerá a qualidade dos imunobiológicos. Porém, se faltar energia, a temperatura interna da geladeira poderá ser mantida por até 8 horas, sem perda dos imunobiológicos armazenados. É imprescindível que se houver queda de energia, o fato seja registrado no mapa de temperatura em observação.
Se a geladeira apresentar defeitos, chamar um técnico imediatamente!
Caso o problema exceda por mais de 4 horas e a depender da condição climática local por mais de 6 horas, deve-se acondicionar os imunobiológicos em caixas térmicas até a transferência para outra geladeira em um local próximo ao serviço de saúde ou outro local estabelecido pela Secretaria de Saúde. Porém, esse prazo só deve ser levado em conta se a geladeira estiver em conformidade com as exigências do MS, tais como:
- Antes de apresentar o defeito estar funcionando em perfeitas condições;
- A borracha da porta deve estar vedando adequadamente;
- A geladeira dispõe de termômetro de máxima e mínima;
- Controle diário da temperatura da geladeira;
- Presença de bobina de gelo reciclável;
- Presença de garrafas de água para conservação de temperatura na última gaveta.
Cuidados básicos para usar a geladeira que otimizam a sala de vacina e garantem a proposta de imunizar a comunidade com eficácia:
- A geladeira deve estar instalada em local arejado, distante de fonte de calor;
- Deve estar afastada em 20 centímetros da parede;
- Local onde for colocada a geladeira deve ser nivelado;
- O ambiente onde ficar a geladeira deve ser climatizado e fora de incidência de luz solar;
- Deve-se manter um aviso em local de fácil visibilidade um alerta sobre não colocar alimentos ou bebidas na geladeira de vacinas;
- É preciso informar que a geladeira não deve ser aberta fora do horário de retirada ou de guardar as vacinas;
- Na base da geladeira deve haver um suporte com rodas;
- Deve-se ter uma tomada exclusiva para a geladeira;
- A leitura da temperatura deve ser feita diariamente antes do inicio das atividades na sala de vacina e também no final da jornada de trabalho. As anotações devem ser feitas no formulário de controle diário de temperatura;
- Não se deve armazenar nada na porta da geladeira;
- Evita colocar objetos que dificultem a circulação do ar em seu interior;
- A vedação de borracha da porta deve estar funcionando adequadamente;
- Limpeza e degelo deve ser realizada a cada 15 dias ou quando a camada de gelo estiver com espessura maior que 0,5 cm;
- Lavar a geladeira com água e sabão neutro ou álcool à 70% (sem encharcar);
- O mapa de temperatura deve ser afixado na porta da geladeira.
Quanto à organização da geladeira da sala de vacina
CONGELADOR: Colocar somente bobinas de gelo reciclável na posição vertical. Esta norma contribui para a elevação lenta da temperatura, oferecendo proteção aos imunobiológicos na falta de energia elétrica ou defeito do equipamento.
PORTA: Não colocar nenhum produto, nem mesmo imunobiológicos.
PRIMEIRA PRATELEIRA: Armazenar as vacinas virais que podem ser submetidas à temperatura negativa (contra poliomielite, sarampo, febre amarela, tríplice viral, dupla viral) empilhadas nas próprias embalagens (caixas), tendo-se o cuidado de deixar um espaço entre as pilhas, permitindo a circulação de ar entre as caixas. Importante também o uso de bandeja perfurada. Obs.: considerando que a instância regional e/ou estadual possui freezers para armazenamento de vacinas à temperatura de -20ºC, esta prateleira pode, com os devidos cuidados, ser utilizada para as vacinas conservadas em temperatura entre +2ºC e +8ºC.
É preciso dispor essas vacinas afastadas, no mínimo 15cm (quinze centímetros) da parede de fundo da geladeira (na parede de fundo da primeira prateleira está localizado o ponto mais frio desta geladeira). Deve-se ter também o cuidado de deixar um espaço entre as pilhas permitindo a circulação de ar entre as caixas.
SEGUNDA PRATELEIRA: devem ser armazenadas as vacinas que não podem ser submetidas à temperatura negativa (dT, DTP, Hepatite B, Hib, influenza, TT, BCG, Pneumococo, pólio inativada, DTaP, rotavírus, meningocócica, pneumocócica) e portanto devem ser armazenadas em temperatura a +2ºC, empilhadas nas próprias embalagens (caixas), tendo-se o cuidado de deixar um espaço entre as pilhas permitindo a circulação de ar entre as caixas; No centro desta prateleira, deve-se colocar termômetro de máxima e mínima na posição vertical (em pé);
TERCEIRA PRATELEIRA: pode-se colocar caixas com diluentes, soros ou caixas com as vacinas de conservação a +2ºC, empilhadas nas próprias embalagens (caixas), tendo-se o cuidado de deixar um espaço entre as pilhas, permitindo a circulação de ar entre as caixas;
COMPARTIMENTO INFERIOR: deve-se manter no mínimo 30 garrafas com água colorida à base de iodo ou corante. Esse procedimento é importante porque contribui para a manutenção da temperatura interna a +2ºC e para que na falta de energia elétrica ou defeito do equipamento a elevação da temperatura interna seja mais lenta;
- Importante ter controle de horário de diluição, ou seja, de reconstituição das vacinas para garantir sua eficácia;
- Atentar quanto à validade das vacinas após reconstituição, estas deverão ser devidamente protegidas por seringa e agulha descartáveis;
- Em caso de alerta aos imunobiológicos sob suspeita - nas situações de emergência, a instância imediata superior da Rede de Frio é informada sobre os detalhes da intercorrência. Nesses casos a Secretaria Estadual de Saúde informa ao PNI;
- Em caso de permanência dos imunobiológicos fora da temperatura recomendada ou apresentarem alteração no aspecto químico/físico e até mesmo provocarem eventos adversos graves devem ser considerados sob suspeita, então em alguns casos devem ser submetidos a processos de análise ou a reteste.
OBS.: Descarte de imunobiológico sob suspeita, reutilização ou envio para reteste são decisões a serem adotadas em conjunto e nunca isoladamente. E a instância local, onde houver a intercorrência deve informar o fato ao distrito ou à regional de saúde, que discutirá e definirá com a instância estadual e esta com o PNI, qual conduta deve ser adotada.
Todo imunobiológico sob suspeita deve ser notificado imediatamente à instância superior através do preenchimento do formulário para Avaliação de Imunobiológicos sob suspeita, o qual deve ser envido pela Coordenação Estadual do PNI à Coordenação Geral do Programa Nacional de Imunizações. Que avaliará a situação de suspeita recomendando ou não o reteste, que é um processo bastante caro ou então, será indicada a autorização para uso ou descarte desse imunobiológico.
Quais as providências adotadas ao colocar um imunobiológico sob suspeita?
- Suspender seu uso de imediato e mantê-lo sob refrigeração adequada;
- Registrar no formulário de Avaliação de Imunobiológicos sob Suspeita: Número do lote, quantidade, prazo de validade do lote, apresentação, laboratório produtor, local e condições de armazenamento. Assim como, descrever o problema identificado e a alteração de temperatura verificada, também a ocorrência de alterações anteriores e outras informações sobre o momento da detecção do problema.
- Contatar a instância da Rede de Frio imediatamente superior e discutir qual destino dar a este imunobiológico. Se for o caso, aguardar os resultados de reanálise e orientação para uso ou descarte deste produto.
ACESSO AO MANUAL DE REDE DE FRIO
terça-feira, 13 de março de 2012
Saúde: Compreendendo a Hipertensão
A Saúde Pública mostra-se preocupada com a qualidade de vida da população. E um dos pontos que vem sendo discutido são os maus hábitos alimentares, vícios como tabagismo e etilismo, sedentarismo, doenças existentes no histórico familiar que servem como alerta aos riscos e com isso, tem realizado em larga escala a Educação em Saúde com intuito de reduzir os agravos decorrentes. Doenças crônicas, a exemplo de Diabetes e Hipertensão estão sempre em foco devido a contínua ocorrência de diagnósticos de ambas. É de extrema importância orientar a população sobre os diversos riscos que rondam sua saúde.
Segundo Rouquayrol & Filho (1999, p.288), o conceito de estilo de vida são: “hábitos e comportamentos auto-determinados, adquiridos social ou culturalmente, de modo individual ou em grupo”. Sendo que há possibilidade de mudar hábitos, a fim de obter uma melhor qualidade de vida. Pessoas que fumam por anos, conseguem abandonar o vício, mesmo tendo que passar por um complexo processo de abstinência ou pessoas que não estão acostumadas a prática de atividade física, acostumam-se após um período de prática, principalmente quando se identificam com esta. Contudo, é importante que seja feita uma auto-avaliação sobre o estilo de vida adotado e refletir sobre a necessidade de mudar comportamentos e hábitos que prejudicam a saúde.
A hipertensão ou pressão alta, segundo o Ministério da Saúde (2006), é uma doença que ataca os vasos sanguíneos, coração, cérebro, olhos e pode causar paralisação dos rins. É definida como pressão sistólica maior ou igual a 140mmHg e uma pressão diastólica maior ou igual a 90mmHg em indivíduos que não estão fazendo uso de medicação anti-hipertensiva. Devemos dar atenção a este problema, pois é umas das principais causas de Infarto Agudo no Miocardio, também conhecido como "ataque do coração ou ataque cardíaco". O infarto é a morte das células musculares cardíacas (miocardio). Acontece quando uma coronária fica totalmente bloqueada e nenhum sangue chega ao músculo cardíaco, causando isquemia. A
interrupção do fluxo coronário quase sempre é devido ao estreitamento repentino
de uma artéria coronária pelo ateroma (aterosclerose), ou pela obstrução total
de uma coronária por êmbolo ou trombo (coágulo sanguíneo). A aterosclerose é caracterizada pelo depósito de gordura, cálcio e outros elementos na parede das artérias, reduzindo seu calibre e trazendo um déficit sanguíneo aos tecidos irrigados por elas. Os
pacientes que sofrem infarto, são geralmente do sexo masculino, pois são mais
susceptíveis que as mulheres. Acredita-se que as mulheres tenham um efeito
"protetor" devido à produção do hormônio estrógeno, sendo que após
a menopausa, devido à falta de produção desse hormônio, a incidência de infarto
na mulher aumenta consideravelmente. Um fator importante nesse processo, é o colesterol. Quanto
maior a quantidade de colesterol no sangue, maior a incidência de infarto. São
conhecidos 3 tipos de colesterol: o de baixa densidade (LDL), o de muito baixa
densidade (VLDL) e o de alta densidade (HDL). Este último, conhecido como
"bom colesterol", parece ter um efeito protetor para o infarto do
miocárdio, sendo ideal mantê-lo em níveis altos no sangue. Já o LDL, conhecido
como "mau colesterol", aumenta a chance de infartos quando existe em
níveis altos. Por isso, os profissionais de saúde focam na necessidade da população em geral, mudar hábitos prejudiciais e recorrer a reeducação alimentar, pois é o modo mais preciso para efetivar uma mudança no hábito alimentar, é de extrema importância orientação do nutricionista e em alguns casos, imprescindível suporte psicológico.
A pressão
arterial sofre variação sempre a depender da atividade. Então, ela aumenta
quando fazemos exercícios, estamos excitados ou nervosos e em dias muito
frios. Porém, diminui quando estamos relaxados, dormindo e em dias
quentes. A postura (sentado ou em pé) também influencia na variação da
pressão arterial.

- Aqueles que tem casos de hipertensão na família devem estar atentos, pois se um dos pais tiver a doença, há 25% de chance e se ambos tiverem, o risco será de 60%. Para BARRETO-FILHO & KRIEGER (2003), dos fatores envolvidos na fisiopatogênese da hipertensão arterial, um terço deles pode ser atribuído a fatores genéticos. Citam como exemplo o sistema regulador da pressão arterial e sensibilidade ao sal. E afirmam que a hipertensão arterial pode ser entendida como uma síndrome multifatorial, de patogênese pouco elucidada, na qual interações complexas entre fatores genéticos e ambientais causam elevação sustentada da pressão. Em aproximadamente 90% a 95% dos casos não existe etiologia conhecida ou cura, sendo o controle da pressão arterial obtido por mudanças do estilo de vida e tratamento farmacológico.
- Pessoas com sobrepeso ou obesidade tem grandes chances. Calcula-se que para cada quilo ganho de peso, a pressão arterial sistólica se eleva de 1 mmHg. A relação entre peso corporal e pressão arterial é verdadeira também em crianças. Tanto o sobrepeso quanto a obesidade provocam alterações metabólicas que contribuem para que as terminações nervosas mantenham os vasos mais contraídos. Então, para vencer a resistência, automaticamente a pressão se eleva e o coração é obrigado a trabalhar mais.
- Pessoas que consomem álcool em excesso correm enorme risco. A Gerontology Magazine publicou um artigo, onde os pesquisadores dizem que ainda não têm certeza do mecanismo pelo qual o álcool afeta a pressão arterial, e por que este efeito muda com a idade. Uma hipótese é que o consumo afeta a atividade do sistema nervoso simpático, que é a parte do sistema nervoso que é involuntária e responsável por controle de funções como batimentos cardíacos e constrição dos vasos sangüíneos. Mesmo ainda não estando clara a ligação entre o consumo de álcool e o aumento do risco da hipertensão, a prudência parece ser o melhor caminho. Ainda é cedo para se ter certeza de que o consumo moderado de álcool faz bem à saúde, ou se na verdade faz mal. Parece provável que será difícil estabelecer se o álcool é na verdade um mocinho ou um vilão, devido aos seus múltiplos efeitos no organismo. Portanto, seja prudente: não se esqueça que, mesmo parecendo causar alguns benefícios, o álcool ainda não foi totalmente inocentado e seu consumo ainda não pode ser considerado saudável.
- Tabagismo - Inicialmente, a inalação da fumaça aumenta o nível de CO no sangue. A Hb que transporta O2, combina-se mais facilmente com o CO do que com O2, ficando limitada a oferta de O2 para o coração. Depois, o ácido nicotínico do tabaco provoca a liberação de catecolaminas, levando a elevação da frequência cardíaca e da pressão arterial. Esse ácido nicotínico pode gerar a constrição (estreitamento) das artérias. O tabagismo aumenta a aderência plaquetária, aumentando a probabilidade de trombose.


- Pessoas que fazem uso excessivo de sal - O sal (cloreto de sódio) é necessário à vida. Ele é responsável pela regulação de água no organismo. O sal é absorvido no trato gastrointestinal e, em grande parte, excretado pelos rins, entretanto, ele também é armazenado nas células e no interstício, a área entre as células do organismo. Quando é consumido em excesso, torna-se um perigo à saúde, pois ocasiona retenção de líquido e essa retenção nos vasos sanguíneos leva ao aumento da pressão. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda o uso de 6 g de sal por dia. A opção interessante é adotar o uso de sal light que tem o poder de reduzir a quantidade de cloreto de sódio pela metade, é mais rico em potássio que tem o efeito contrário e ajuda a reduzir a pressão. Algumas pessoas reduziram o consumo de sal, mas prosseguem com o uso de enlatados a exemplo de azeitonas, milho verde, ervilha e outros que contém uma quantidade de sal considerável e são prejudiciais.
Limitar: Sal; Álcool; Gema de ovo no máximo três vezes por semana; Crustáceos; Margarinas e doces, dando preferência às cremosas.
Optar por: Alimentos cozidos, assados, grelhados ou refogados; Temperos naturais, limão, ervas, alho, cebola, salsa e cebolinha; Verduras, legumes, frutas, grãos e fibras; Peixes e aves preparadas sem pele.
Evitar: Açúcares e doces; Frituras e derivados de leite na forma integral, com gordura. Considerar a ingestão excessiva de alimentos industrializados, alimentos ricos em gordura saturada, açúcar e sal são os principais causadores da obesidade, esteatose hepática, diabetes mellitus (DM), colesterol elevado, hipertrigliceridemia e hipertensão arterial (GRAVINA et al.,2007)
Evitar: Açúcares e doces; Frituras e derivados de leite na forma integral, com gordura. Considerar a ingestão excessiva de alimentos industrializados, alimentos ricos em gordura saturada, açúcar e sal são os principais causadores da obesidade, esteatose hepática, diabetes mellitus (DM), colesterol elevado, hipertrigliceridemia e hipertensão arterial (GRAVINA et al.,2007)
- Diabéticos - O diabetes aumenta o risco de hipertensão, são doenças crônicas inter-relacionadas. O diabetes aumenta o risco de doença cardiovascular e cerebral, mesmo quando a glicose está sob controle. Quando o diabetes é associado a hipertensão os riscos são potencializados.
- Sedentarismo - Prática de atividade física é essencial na vida de todos. O sedentarismo, ou seja, a falta de prática de atividade física e este é um dos fatores que favorecem o aparecimento da hipertensão. Quando associado ao estresse, obesidade e tabagismo é crucial na manifestação da hipertensão, principalmente quando há histórico familiar. É imprescindível, manter o equilíbrio entre consumo e gasto. Portanto, para promover o gasto das calorias consumidas deve-se fazer atividades físicas, que além de proporcionar esse equilíbrio, também confere bem estar por causa da liberação de endorfina. A endorfina é um neuro-hormônio produzido pelo organismo na hipófise e proporciona relaxamento e prazer.

- Negros - Estudos demonstram que a hipertensão na raça negra possui prevalência maior, pior evolução e complicações mais graves e freqüentes. A função renal entra em declínio mais rapidamente neste grupo mesmo com controle eficaz da pressão arterial.
QUADRO - Classificação da pressão arterial (> 18 anos)
FClassificação de Hipertensão Arterial
Hipertensão Primária ou Essencial (natureza emocional) - Não apresenta uma causa aparente facilmente identificável. Portanto, nesses casos é de absoluta importância ser acompanhado por um cardiologista ou buscar auxílio dos profissionais da atenção básica.
Hipertensão Secundária - Em consequência de causas bem definidas como doença renal, renovascular ou endócrina. Esse paciente deve ser encaminhado para especialista.
Hipertensão do Avental Branco ou ''Síndrome do Avental Branco'' - A pressão aumenta devido a presença do profissional de saúde em uso do jaleco branco. (BRASIL, 2006)
Hipertensão Arterial Diastólica
Hipertensão Arterial Diastólica
- Primária ou Essencial
- Secundária
Hipertensão Arterial Sistólica
- Débito cardíaco aumentado - Insuficiência Aórtica, Estados Hipercinéticos, Fístulas Artério - Venosas
- Rigidez da Aorta - Arteriosclerose
Segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia (2006) há uma maior prevalência de HAS em pessoas com idade avançada (acima de 40 anos), homens de pouca escolaridade. Contudo, sabemos que os fatores de riscos existentes podem ser conferidos em qualquer idade. Peixoto et al. (2006) acrescenta como grupo de risco também, as pessoas que apresentam o Índice de Massa Corporal (IMC) acima da normalidade e circunferência da cintura elevada.
É necessário ficar atento aos níveis pressóricos!!
Para aferir a pressão arterial é necessário que o paciente esteja com a bexiga vazia, não praticou exercícios físicos ou fez caminhada longa; não ingeriu bebida alcoólica ou cafeína; não se alimentou ou fumou - isso 30 minutos antes.
Quanto aos cuidados, deve-se iniciar pela mudança de hábitos: Abandonar o tabagismo, ingerir o mínimo ou evitar fazer uso de bebida alcoólica, praticar atividade física, fazer monitoramento de PA, procurar um cardiologista ou consulta em unidade de atenção básica de saúde para consultas períodicas, mesmo não sendo diagnosticado como hipertenso, mas apresenta risco para a doença, de modo a seguir as medidas recomendadas na prevenção primária da HAS e reduzir o risco de mortalidade por problema cardiovascular.
Quanto às crianças e adolescentes devem ser estimulados desde cedo a uma vida saudável. Adaptando o paladar de crianças ao consumo de frutas e vegetais, de modo a facilitar sua aceitação posteriormente.
Quanto aos cuidados, deve-se iniciar pela mudança de hábitos: Abandonar o tabagismo, ingerir o mínimo ou evitar fazer uso de bebida alcoólica, praticar atividade física, fazer monitoramento de PA, procurar um cardiologista ou consulta em unidade de atenção básica de saúde para consultas períodicas, mesmo não sendo diagnosticado como hipertenso, mas apresenta risco para a doença, de modo a seguir as medidas recomendadas na prevenção primária da HAS e reduzir o risco de mortalidade por problema cardiovascular.
Quanto às crianças e adolescentes devem ser estimulados desde cedo a uma vida saudável. Adaptando o paladar de crianças ao consumo de frutas e vegetais, de modo a facilitar sua aceitação posteriormente.
OBJETIVOS DE AVALIAR O HIPERTENSO
Confirmar a elevação de pressão arterial;
Identificar causas da pressão sanguínea elevada;
Avaliar a presença ou ausência de danos aos órgãos - alvo a Doença Venosa Crônica, extensão da doença e resposta ao tratamento;
Identificar outros fatores de risco ou distúrbios que possam nortear o tratamento.
REFERÊNCIAS:
BARRETO-FILHO, J. A. S; KRIEGER, J. E. Genética e hipertensão arterial: conhecimento aplicado à prática clínica. Rev. Soc. Bras. Card. Estado de São Paulo, v.13, n.1, p. 46-55, 2003.
BRASIL. Ministério da Saúde. Cadernos de Atenção Básica. Hipertensão Arterial Sistêmica. Brasília, 2006.
ELLIOT, S. Stress and major cardiovascular diseases. Nova York, Futura, 1979, p.120
GRAVINA, C.F; GRESPAN, S.M; BORGES, J.L. Tratamento não-medicamentoso da hipertensão no idoso. Revista Brasileira de Hipertensão, n1, v14, p:33-36, 2007.
ROUQUAYROL, M.Z; ALMEIDA FILHO, N. Epidemiologia, história natural e prevenção de doenças. In: ROUQUAYROL, M.Z; ALMEIDA FILHO, N. Epidemiologia e saúde. 5ªed. Rio de Janeiro: Médica e Científica, 1999. Capítulo. I, p. 15-31.
SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA: V diretrizes brasileira de hipertensão arterial. Revista Brasileira Clinica de Terapia. São Paulo. 2006.
V Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial – Sociedade Brasileira de Cardiologia, Sociedade Brasileira de Hipertensão, Sociedade Brasileira de Nefrologia. Rev BrasHipertens. 2006;13(4):260-312.
HowStuffWorks
www.abs-2003.0rg.br
BRASIL. Ministério da Saúde. Cadernos de Atenção Básica. Hipertensão Arterial Sistêmica. Brasília, 2006.
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GRAVINA, C.F; GRESPAN, S.M; BORGES, J.L. Tratamento não-medicamentoso da hipertensão no idoso. Revista Brasileira de Hipertensão, n1, v14, p:33-36, 2007.
ROUQUAYROL, M.Z; ALMEIDA FILHO, N. Epidemiologia, história natural e prevenção de doenças. In: ROUQUAYROL, M.Z; ALMEIDA FILHO, N. Epidemiologia e saúde. 5ªed. Rio de Janeiro: Médica e Científica, 1999. Capítulo. I, p. 15-31.
SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA: V diretrizes brasileira de hipertensão arterial. Revista Brasileira Clinica de Terapia. São Paulo. 2006.
V Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial – Sociedade Brasileira de Cardiologia, Sociedade Brasileira de Hipertensão, Sociedade Brasileira de Nefrologia. Rev BrasHipertens. 2006;13(4):260-312.
HowStuffWorks
www.abs-2003.0rg.br
terça-feira, 28 de fevereiro de 2012
Saúde: Light x Diet
Rorato (2007) comenta que a busca por uma alimentação alternativa é, sem dúvida, uma realidade nos dias atuais. Consumidores que buscam novos e saudáveis hábitos alimentares têm nos produtos light e diet grandes aliados. Os mais jovens procuram os produtos geralmente com preocupações ligadas à estética corporal e, entre os mais velhos, a procura prende-se à preservação e manutenção da boa saúde. Portanto, a preocupação com saúde é constante e quem é louco por um 'refri' geladinho, para consolar a consciência opta pelos light e diet. Primeiro, qual a diferença entre eles? Realmente estão sendo consumidos devidamente? E com esse consumo, será que consigo manter o peso desejado?
De acordo com a legislação brasileira em vigor, os termos diet e light são utilizados na designação de alimentos para fins especiais. É necessário constar no rótulo desses alimentos uma tabela de composição do produto, facilitando as informações nutricionais ao consumidor. O termo dietético possui sentido amplo e não se aplica apenas aos alimentos isentos de açúcar, ou de baixas calorias. São considerados dietéticos: alimentos para dietas de restrição de açúcares, gorduras, colesterol, sódio, e aminoácidos ou proteínas; alimentos para dietas de controle de peso; e alimentos para dietas enterais.
De acordo com a legislação brasileira em vigor, os termos diet e light são utilizados na designação de alimentos para fins especiais. É necessário constar no rótulo desses alimentos uma tabela de composição do produto, facilitando as informações nutricionais ao consumidor. O termo dietético possui sentido amplo e não se aplica apenas aos alimentos isentos de açúcar, ou de baixas calorias. São considerados dietéticos: alimentos para dietas de restrição de açúcares, gorduras, colesterol, sódio, e aminoácidos ou proteínas; alimentos para dietas de controle de peso; e alimentos para dietas enterais.
Os alimentos especialmente formulados (dietéticos ou diet) são classificados como alimentos para dietas com restrição de nutrientes e para os alimentos exclusivamente empregados para controle de peso, ou ainda para atender às necessidades de pessoas com distúrbios no metabolismo de açúcares (sacarose, frutose e/ou glicose). Podem conter no máximo 0,5 g de sacarose, frutose e/ou glicose por 100 g ou 100 mL do produto final a ser consumido. O termo light pode ser utilizado quando for cumprido o atributo de redução mínima de 25% no valor energético total ou do conteúdo de um dos nutrientes dos alimentos comparados.
Vieira & Cornélio (2005) conceitual que os light são aqueles alimentos que devem ter, no mínimo, 25% menos de algum componente calórico, seja açúcar, gordura, sal, entre outros. São aqueles que apresentam redução de qualquer um dos componentes mencionados tendo como referência o produto do mesmo tipo, e não tem fim específico como os produtos diet.
Nas prateleiras
de lojas que vendem produtos alimentícios, mercados e outros estabelecimentos
comerciais é comum encontrarmos os termos diet e light nos rótulos dos alimentos ou até seções inteiras com produtos
variados. Mas muita gente se confunde quanto à escolha. Levar o produto apenas
pela classificação do rótulo não é garantia alguma, pois é preciso checar a
composição no rótulo, para saber se realmente satisfaz as necessidades de quem
o consumirá.
Como exemplo, pode-se citar o chocolate diet, que apresenta ausência de açúcar, mas é rico em gordura e, portanto, possui valor calórico elevado, contraindicado para pessoas que desejam fazer dietas para emagrecimento (VIEIRA, 2008)
REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Área de Atuação. Alimentos. Legislação. Legislação Específica da Área por Assunto. Regulamento Técnico por Assunto. Alimentos para fins especiais.Portaria SVS/MS n.28, de 13 de janeiro de 1998.
RORATO, F.; DEGASPARI, C. H.; MOTTIN, F. Avaliação do nível de conhecimento de consumidores de produtos diet e light que freqüentam um supermercado de Curitiba. Visão Acadêmica. América do Sul, v. 7, n. 1, set. 2007.
VIEIRA, A. C. P.; CORNÉLIO, A. R. Produtos light e diet: o direito à informação do consumidor. Revista de Direito do Consumidor. São Paulo, v. 14, n.55, p. 9-27, jul.-set. 2005.
Uma notícia para os consumidores frequentes de refrigerantes diet e light, duas universidades dos Estados Unidos descobriram que os refrigerantes dietéticos (diet e light) podem ser mais nocivos à saúde, do que os comuns, aumentando o risco de derrame, ataque cardíaco e morte vascular. A pesquisa levou em conta condições ligadas a problemas vasculares, como disfunções no metabolismo, diabetes e hipertensão. O risco vale tanto para consumo moderado quanto exagerado, quer dizer, tanto faz você tomar um refrigerante diet ou light uma vez ou outra, quanto tomar diariamente, o perigo é o mesmo. Entre uma vez por mês e seis por semana, o quadro geral é de chances elevadas de problemas vasculares. Embora os números tenham passado essa informação, os cientistas não souberam detectar exatamente os motivos da tendência. Ainda é necessário, segundo eles, estudar os dois tipos da bebida para tirar conclusões mais precisas.
Fonte: UOL
O Ministério da Saúde classifica
os produtos diet como alimentos para fins especiais e os produtos light como
"alimentos modificados”. A partir de 1988, os produtos
"diet"e "light" foram enquadrados pelo Ministério da Saúde
na categoria de "alimentos especiais", passando a serem controlados
pela Divisão Nacional da Vigilância Sanitária de Alimentos. Este fato exarcebou
o crescimento do mercado, mas somente após sete anos foi publicada a Portaria
nº 122/95 da Secretaria Nacional de Vigilância Sanitária, como resultado do
trabalho conjunto de técnicos e cientistas de alimentos, apresentando um grande
avanço na regulamentação sobre alimentos. Pela nova lei, os produtos
conhecidos como diet e light passam a ser
conceituados e rotulados sob os mesmos parâmetros adotados nos Estados Unidos e
na Europa. Para facilitar a identificação por parte do consumidor, os
fabricantes devem especificar o perfil do produto na embalagem e destacar a
palavra light ou diet. Mas isso não quer dizer que
o consumidor possa se sentir seguro, protegido, visto que a medida não
significa a segurança completa para o consumidor, uma vez que alguns
fabricantes não cumprem rigorosamente as regras adotadas pelo Ministério da
Saúde.
terça-feira, 24 de janeiro de 2012
Enfermagem: Direito do Paciente
Você conhece os direitos do paciente??
Segundo a Portaria do Ministério da Saúde nº 1286 de
26/10/93 - art.8º e nº 74 de 04/05/94, todo indivíduo tem direitos reconhecidos
que devem ser atendidos a fim de proporcionar ambiente terapêutico adequado às
diversas patologias, em regime de internação, além de manter de um padrão de
assistência prestada, o que exige a aplicação de um plano de cuidados de
enfermagem para a patologia específica. Segue abaixo os direitos dos pacientes
citados:
1. O paciente tem direito a atendimento humano,
atencioso e respeitoso, por parte de todos os profissionais de saúde. Tem
direito a um local digno e adequado para seu atendimento.
2. O paciente tem direito a ser identificado pelo nome
e sobrenome. Não deve ser chamado pelo nome da doença ou do agravo à saúde, ou
ainda de forma genérica ou quaisquer outras formas impróprias, desrespeitosas
ou preconceituosas.
3. O paciente tem direito a receber do funcionário
adequado, presente no local, auxílio imediato e oportuno para a melhoria de seu
conforto e bem-estar.
4. O paciente tem direito a identificar o profissional
por crachá preenchido com o nome completo, função e cargo.
5. O paciente tem direito a consultas marcadas,
antecipadamente, de forma que o tempo de espera não ultrapasse a trinta (30)
minutos.
6. O paciente tem direito de exigir que todo o material
utilizado seja rigorosamente esterilizado, ou descartável e manipulado segundo
normas de higiene e prevenção.
7. O paciente tem direito de receber explicações claras
sobre o exame a que vai ser submetido e para qual finalidade irá ser coletado o
material para exame de laboratório.
8. O paciente tem direito a informações claras, simples
e compreensivas, adaptadas à sua condição cultural, sobre as ações diagnósticas
e terapêuticas, o que pode decorrer delas, a duração do tratamento, a
localização, a localização de sua patologia, se existe necessidade de
anestesia, qual o instrumental a ser utilizado e quais regiões do corpo serão
afetadas pelos procedimentos.
9. O paciente tem direito a ser esclarecido se o
tratamento ou o diagnóstico é experimental ou faz parte de pesquisa, e se os
benefícios a serem obtidos são proporcionais aos riscos e se existe
probabilidade de alteração das condições de dor, sofrimento e desenvolvimento
da sua patologia.
10. O paciente tem direito de consentir ou recusar a
ser submetido à experimentação ou pesquisas. No caso de impossibilidade de
expressar sua vontade, o consentimento deve ser dado por escrito por seus
familiares ou responsáveis.
11. O paciente tem direito a consentir ou recusar
procedimentos, diagnósticos ou terapêuticas a serem nele realizados. Deve
consentir de forma livre, voluntária, esclarecida com adequada informação.
Quando ocorrerem alterações significantes no estado de saúde inicial ou da causa
pela qual o consentimento foi dado, este deverá ser renovado.
12. O paciente tem direito de revogar o consentimento
anterior, a qualquer instante, por decisão livre, consciente e esclarecida, sem
que lhe sejam imputadas sanções morais ou legais.
13. O paciente tem o direito de ter seu prontuário
médico elaborado de forma legível e de consultá-lo a qualquer momento. Este
prontuário deve conter o conjunto de documentos padronizados do histórico do
paciente, princípio e evolução da doença, raciocínio clínico, exames, conduta
terapêutica e demais relatórios e anotações clínicas.
14. O paciente tem direito a ter seu diagnóstico e
tratamento por escrito, identificado com o nome do profissional de saúde e seu
registro no respectivo Conselho Profissional, de forma clara e legível.
15. O paciente tem direito de receber medicamentos
básicos, e também medicamentos e equipamentos de alto custo, que mantenham a
vida e a saúde.
16. O paciente tem o direito de receber os medicamentos
acompanhados de bula impressa de forma compreensível e clara e com data de
fabricação e prazo de validade.
17. O paciente tem o direito de
receber as receitas com o nome genérico do medicamento (Lei do Genérico) e não
em código, datilografadas ou em letras de forma, ou com caligrafia
perfeitamente legível, e com assinatura e carimbo contendo o número do registro
do respectivo Conselho Profissional.
18. O paciente tem direito de conhecer a procedência e
verificar antes de receber sangue ou hemoderivados para a transfusão, se o
mesmo contém carimbo nas bolsas de sangue atestando as sorologias efetuadas e
sua validade.
19. O paciente tem direito, no caso de estar
inconsciente, de ter anotado em seu prontuário, medicação, sangue ou
hemoderivados, com dados sobre a origem, tipo e prazo de validade.
20. O paciente tem direito de saber com segurança e
antecipadamente, através de testes ou exames, que não é diabético, portador de
algum tipo de anemia, ou alérgico a determinados medicamentos (anestésicos,
penicilina, sulfas, soro antitetânico, etc.) antes de lhe serem administrados.
21. O paciente tem direito à sua segurança e
integridade física nos estabelecimentos de saúde, públicos ou privados.
22. O paciente tem direito de ter acesso às contas
detalhadas referentes às despesas de seu tratamento, exames, medicação,
internação e outros procedimentos médicos.
23. O paciente tem direito de não sofrer discriminação
nos serviços de saúde por ser portador de qualquer tipo de patologia,
principalmente no caso de ser portador de HIV / AIDS ou doenças infecto -
contagiosas.
24. O paciente tem direito de ser resguardado de seus
segredos, através da manutenção do sigilo profissional, desde que não acarrete
riscos a terceiros ou à saúde pública. Os segredos do paciente correspondem a
tudo aquilo que, mesmo desconhecido pelo próprio cliente, possa o profissional
de saúde ter acesso e compreender através das informações obtidas no histórico
do paciente, exames laboratoriais e radiológicos.
25. O paciente tem direito a manter sua privacidade
para satisfazer suas necessidades fisiológicas, inclusive alimentação adequada
e higiênica, quer quando atendido no leito, ou no ambiente onde está internado
ou aguardando atendimento.
26. O paciente tem direito a acompanhante, se desejar,
tanto nas consultas, como nas internações. As visitas de parentes e amigos
devem ser disciplinadas em horários compatíveis, desde que não comprometam as
atividades médico/sanitárias. Em caso de parto, a parturiente poderá solicitar
a presença do pai.
27. O paciente tem direito de exigir que a maternidade,
além dos profissionais comumente necessários, mantenha a presença de um
neonatologista, por ocasião do parto.
28. O paciente tem direito de exigir que a maternidade
realize o "teste do pezinho" para detectar a fenilcetonúria nos recém
- nascidos.
29. O paciente tem direito à indenização pecuniária no
caso de qualquer complicação em suas condições de saúde motivadas por
imprudência, negligência ou imperícia dos profissionais de saúde.
30. O paciente tem direito à assistência adequada,
mesmo em períodos festivos, feriados ou durante greves profissionais.
31. O paciente tem direito de receber ou recusar
assistência moral, psicológica, social e religiosa.
32. O paciente tem direito a uma morte digna e serena,
podendo optar ele próprio (desde que lúcido), a família ou responsável, por
local ou acompanhamento e ainda se quer ou não o uso de tratamentos dolorosos e
extraordinários para prolongar a vida.
33. O paciente tem direito à dignidade e respeito,
mesmo após a morte. Os familiares ou responsáveis devem ser avisados
imediatamente após o óbito.
34. O paciente tem o direito de não ter nenhum órgão
retirado de seu corpo sem sua prévia aprovação.
35. O paciente tem direito a órgão jurídico de direito
específico da saúde, sem ônus e de fácil acesso.
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