sábado, 3 de dezembro de 2011

Marido enfeite de cama



Adoro ouvir histórias do pessoal da 'melhor idade', gente bem vivida que sabe o que diz. Certo dia, estava conversando com uma vizinha de seus quase 80 anos e ela comentou sobre "o marido enfeite de cama". Adorei essa expressão, mas isso me levou a pensar mais sobre  a que ponto certo convívio ou relação pode chegar. Logo me veio a cena clássica: a mulher chega em casa e encontra o marido deitado na cama, sem tomar banho, com as meias do dia inteiro cheirando a chulé, assistindo jornal ou jogo, isso quando não está apagado na cama. Essa cena nada excitante creio ser a realidade de muitas mulheres. Alguns homens, depois do casamento ou ainda numa longa relação de namoro não fazem questão de ocultar certos hábitos. Muitas vezes antes mesmo, por estarem acostumados às companheiras desprezam a idéia de que os sentidos (visão, olfato, etc) são importantes. Não é nada atraente para o homem chegar em casa e pelo odor da esposa saber o que tem para o jantar. Então, é muito mais gostoso preservar os encantos que inicialmente existiam ou fazer o melhor possível para não tornar a relação algo deselegante e desagradável. A maioria das mulheres que conheço adoram espelho, mas a suposta segurança do relacionamento estável leva algumas a esquecerem que ele existe e não compreendem as tantas mensagens que ele pode transmitir. Depois que passei a me olhar mais além da imagem refletida, comecei a me tratar melhor, a me conhecer mais e até a conversar mais comigo ou seja, passei a me doar uma atenção especial e tudo em prol do meu bem estar e da minha auto-estima. Não é meramente questão apenas de aparência e beleza, é você se descobrir ou mesmo redescobrir. Antes de tentar atrair os outros,  é interessante uma autoavaliação sobre si. Exemplo: O que vejo refletido me satisfaz? Gosto de mim como me vejo ou preciso mudar alguma coisa para me sentir melhor? É primordial, acreditar em si mesma e amar-se incondicionalmente. A partir do momento que a mulher se dá valor, ela cria uma segurança maior e fortalece sua auto-confiança e amor próprio. Dessa forma, além de sentir-se satisfeita consigo, você transmite para os outros. Quando a mulher consegue manter a auto-estima e a auto-confiança, ela não se limita, pois sabe desfrutar de seus pensamentos, de seu corpo, de sua sensualidade. Independente de ser gordinha, magrinha, corpão ou que quer que seja, estando a mulher a vontade consigo, ela detém um poder imenso. As casadas ou as que já tiveram filhos, que por vezes ficam com as sequelas da gestação ou do parto, tais como estrias, marca de cesárea e outras coisas, tedem a fechar-se mais. Contudo, verdade seja dita, creio que na hora do sexo o homem não vai pesquisar seu corpo no sentido de crítica. Ele quer sentir o quanto a mulher é gostosa, tanto por fora quanto por dentro. Duvido que um homem no auge da excitação, vá enxergar mesmo sob um holofote aquela celulite que mais parece uma cratera da lua ou uma barriga odiada por parecer o mapa hidrográfico. O importante é desfrutar da relação sexual e ter como objetivo principal, o prazer somado a cumplicidade. Mesmo que não goze, porque alguém se adiantou, saber curtir o momento e se possível prolongar ao máximo, de modo que usar o momento do sexo como lazer e não obrigação do casal. Sexo mecânico só por obrigação é quase um suplício, não dá para sentir prazer com um papai e mamãe forçado. É ideal ter atenção na evolução da  história pessoal, rever conceitos e repensá-los. A sociedade mantém a hipocrisia e os conceitos retrógrados patriarcais, às vezes reforçados pelo domínio que a religião exerce sobre algumas mentes, pelos conceitos impostos pela família onde a mulher tem seus direitos sexuais podados e os homens podem agir livremente de acordo com a vontade. 
O homem por instinto, busca ter o domínio de seu território e de 'sua fêmea'. Realmente somos animais, sobretudo racionais, de forma que somos seres pensantes, porém não podemos ignorar os instintos que temos. Essa relação primitiva entre gêneros parte do instinto, desde a percepção do outro, que leva a aproximação e o desenrolar da situação que já parte de ação racional. Sendo assim, é preciso racionalizar quais artifícios serão utilizados para conquistar o outro. Assim como o homem ou a mulher é capaz de encantar o outro, deve ser capaz de saber manter esse encanto. Ter uma percepção do andamento da relação, como tudo na vida é preciso governabilidade até com problemas de relacionamento. 
A desculpa mais conveniente para o desgaste da relação , é a rotina. Mas quem faz a rotina somos nós! Muitos mantém uma relação forçada por causa dos filhos, pois não tem coragem de admitir que o amor acabou, se é que um dia ele existiu e chega ao extremo das brigas e sem limites quanto às ofensas. Será que essa situação é conveniente? Acredito que tudo deve ser pesado, prós e contras, a fim de se chegar a uma conclusão em benefício próprio e de toda a família. Ser sincero consigo mesmo quanto às aspirações, permitir-se viver e inserir o parceiro/família nesse processo, porque quando obtemos apoio de outros, automaticamente nos fortalecemos e por essa força extra, chegamos mais além.
Portanto, a cumplicidade do casal é essencial e o respeito ao outro. A busca por novos meios de encantar um ao outro é sempre válida, ousar na cama, adquirir novos brinquedinhos para apimentar a relação, aumentar a comunicação, não se detendo apenas a discussões sobre assuntos domésticos. 

Quem quer ver esta cena ao chegar em casa?? Ninguém merece!!!

 Homer Simpson, a pior imagem de um 'marido enfeite de cama'

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