A partir desta segunda-feira (2), todos os planos de saúde contratados
de 1999 para cá deverão dar cobertura a 36 tipos de cirurgias por
videolaparoscopia, método menos invasivo. Dentre elas, a cirurgia
bariátrica, recomendada como tratamento para pacientes com obesidade,
que têm o índice de massa corpórea (IMC) acima de 35. A determinação foi
aprovada no rol da Agência Nacional de Saúde (ANS) no ano passado. De acordo com a Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e
Metabólica (SBCBM), um em cada sete brasileiros é obeso e as causas mais
comuns para desenvolver a doença são problemas glandulares, falta de
atividade física, fatores genéticos e alimentação em excesso. Os planos de saúde já cobriam a cirurgia bariátrica aberta
convencional, em que os médicos fazem um corte de pelo menos 20
centímetros no abdome do paciente. O tempo de recuperação desta cirurgia
é de 30 a 60 dias. Segundo Ricardo Cohen, presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia
Bariátrica e Metabólica, os convênios preferiam esse método por ser mais
barato do que a cirurgia por videolaparoscopia. "Mas não é bem assim,
pois com esse tipo de cirurgia o tempo de internação é maior e isso gera
custo ao hospital. Além disso também há um prejuízo aos empregadores,
pois o paciente fica afastado por mais tempo", aponta. Todos os tipos de cirurgia bariátrica (bypass gástrico, gastrectomia
vertical, banda gástrica ajustável, balão intragástrico e duodenal
switch) podem ser feitos pela técnica cirúrgica menos invasiva, em que
os médicos fazem pequenas incisões de 0,5 a 1,2 centímetros para passar
as cânulas e a câmera de vídeo. Ainda que o custo da cirurgia videolaparoscópica seja de fato maior do
que a aberta (entre R$15 mil e 25 mil contra R$10 mil a 15 mil), o tempo
de duração da técnica que é feita por vídeo é menor e o retorno à
rotina demora apenas 10 dias. "Os médicos indicam porque o tempo de
internação também é inferior ao da cirurgia aberta e o paciente passa
por menos dor", explica o presidente da SBCBM. Cohen ainda destaca o menor risco de complicações nos. "Ao
emagrecer a pessoa pode ter uma hérnia incissional e, nestes casos, é
preciso fazer uma re-operação, o que é mais um custo extra para os
planos de saúde", explica ele que afirma que o risco dessa complicação
entre os pacientes que fazem a cirurgia aberta tradicional é de 25 e
30%.
Fonte: UOL
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