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domingo, 15 de janeiro de 2012

E se o diagnóstico for Diabetes?



 Se você descobre em um exame de rotina que tem diabetes? 


Primeiro, pense na seriedade da doença, isso jamais deve ser negligenciado. Contudo, não entre em pânico. Deve - se buscar informações sobre a doença e como conviver com ela, pois é uma doença crônica e requer cuidados, principalmente quanto à alimentação e hábitos de vida. É de extrema importância buscar orientação e acompanhamento médico, adotar hábitos saudáveis tais como uma rotina de atividade física, abstinência ao álcool e ao fumo, checagem de glicose através do glicosimetro, se houver indicação de medicamentos usá-los conforme prescrição. 

Pode ou não haver sintomas que levam ao diagnóstico. Em alguns casos, a descoberta só é feita através de exame de sangue, nos casos de paciente assintomático ocorre com maior frequência em diabetes tipo 2. Esta é uma das razões pela qual o check up anual deve ser levado à sério. Geralmente, os alertas quanto ao diabetes são voltados para pessoas apartir dos 40 anos, mas é importante que pessoas de qualquer idade que tenham histórico familiar ficar atentas ao fato.

Quais os sintomas do Diabetes?
  • Polidipsia (sede intensa)
  • Boca seca devido à polidipsia, suscetível à feridas
  • Polifagia (fome demasiada)
  • Cicatrização demorada
  • Fadiga
  • Perda de peso repentina
  • Parestesia em extremidades (formigamento em mãos/pés) 
  • Distúrbio Visual
  • Infecções frequentes (pele, urina, genitais, mucosa)
  • Pele seca
  • Dores nas pernas 
Deve-se procurar orientação de profissionais de saúde, a fim de prevenir as complicações diabéticas.

Dentista: Além da limpeza bucal diária com a escovação e uso de fio dental, deve ser feita também a cada 6 meses uma limpeza profunda no dentista.

"Em caso de desleixo, as bactérias podem se instalar e, consequentemente, atuarão destruindo o osso onde o dente está implantado, levando inflamação às gengivas. Neste estado, elas se separam dos dentes e do osso mandibular. O que só faz a situação piorar ainda mais, multiplicando as bactérias não vão criado. Chegando a esta situação, o dentista terá que raspar a placa dentária e retirar o tecido em torno da raiz do dente. O que, às vezes, requer cirurgia." (Dr. Saulo Cavalcanti, Coodenador do Departamento de Complicações Crônicas da Sociedade Brasileira de Diabetes.)

Endocrinologista : Monitorização dos níveis de glicose, monitoriza o funcionamento hormonal e cuida dos distúrbios de metabolismo.

Cardiologista: Controle da pressão arterial, além da prevenção do Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) e de Acidente Vascular Cerebral (AVC). "Essas complicações ocorrem quando os grandes vasos são afetados, levando à obstrução/estenose (arteriosclerose) de órgãos vitais como o coração e o cérebro. O bom controle da glicose, somado à atividade física e medicamentos –que possam combater a pressão alta, o aumento do colesterol e suspender o tabagismo – são medidas imprescindíveis de segurança. A incidência deste problema é de 2 a 4 vezes maior nas pessoas com diabetes." (Dr. Saulo Cavalcanti, Coodenador do Departamento de Complicações Crônicas da Sociedade Brasileira de Diabetes.)


Nefrologista: Prevenção da Nefropatia Diabética. "Constitui-se por alterações nos vasos dos rins, fazendo com que haja a perda de proteína na urina. É uma situação em que o órgão pode reduzir sua função lentamente, porém de forma progressiva, até a paralisação total. Contudo, esse quadro é controlável e existem exames para detectar o problema ainda no inicio. Essa complicação, pode afetar o bom funcionamento dos rins, fazendo com que eles percam a capacidade de filtrar adequadamente essas substâncias. Na fase inicial da Nefropatia Diabética, aparecem pequenas quantidades dessa proteína na urina (detectada através do exame de microalbuminúria). É comum que nesse estágio ocorra, também, o aumento da pressão arterial (hipertensão). Esta situação pode levar à insuficiência renal avançada." (Dr. Saulo Cavalcanti, Coodenador do Departamento de Complicações Crônicas da Sociedade Brasileira de Diabetes.)

Nutricionista: Para orientação nutricional

Oftalmologista: Para prevenir retinopatia. "A Retinopatia Diabética é caracterizada por alterações vasculares. São lesões que aparecem na retina, podendo causar pequenos sangramentos e, como conseqüência, a perda da acuidade visual. Exames de rotina (como o “fundo de olho”) podem detectar anormalidades em estágios primários, o que possibilita o tratamento ainda na fase inicial do problema. Hoje, a Retinopatia é considerada uma das mais freqüentes complicações crônicas do diabetes, junto com a Catarata."(Dr. Saulo Cavalcanti, Coodenador do Departamento de Complicações Crônicas da Sociedade Brasileira de Diabetes.)

Neurologista: "A orientação ao paciente é muito importante. Ele deve saber por exemplo que deve sempre examinar seus pés: com a diminuição da sensibilidade ele pode se machucar e só perceber quando há uma complicação infecciosa grave. No caso do paciente diabético, em particular, a situação se agrava por causa da conhecida a dificuldade de cicatrização.O diabetes crônico, com o açúcar no sangue sempre elevado, pode causar graves danos aos nervos, e ser uma das piores complicações do diabetes, pois causa muita dor, desconforto e incapacidade, e os tratamentos ainda não são totalmente bem sucedidos." diabete.com

Ginecologista: Para evitar infecções vaginais, a exemplo da Candidíase, devido à facilidade de multiplicação da colônia de microorganismos em ambientes úmidos e a alta concentração de glicose também favorece essa proliferação.

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Diabetes Mellitus: a doença sorrateira




Tudo está no sangue

Quando somos indicados a realizar exames laboratoriais de rotina, seja para check up ou diversas razões, e é evidenciado um certo aumento na taxa de glicose, às vezes não damos a devida importância, mesmo quando o médico nos ressalta sobre os riscos existentes. E ainda assim, negligenciamos nossa saúde, consumindo todo e qualquer tipo de alimento que colabora para um aumento considerável de peso, variando entre sobrepeso e obesidade. Com a desculpa típica da falta de tempo para atividade física, o sedentarismo é adotado, complicando ainda mais o quadro de saúde dos indivíduos, além do estresse diário. Fatores como esses somados a predisposição ao diabetes, abuso de álcool e tabaco têm pego muitas pessoas de surpresa no momento em que vão buscar os resultados dos exames. Portanto, devo ressaltar que o exame de sangue é crucial para descobrir riscos à saúde e assim, evitar futuras complicações.

O teste em jejum de 8-10hs, o nível de glicemia não pode ser maior que 99. 

Dr. Saulo Cavalcanti, presidente da Sociedade Brasileira de Diabetes e do Departamento de Diabetes Melito da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, refere que o diabetes é uma “doença covarde”, que chega sem apresentar sintomas. Como também não provoca dor, o indivíduo só desconfia que alguma coisa está errada quando o exame de sangue indica uma taxa anormal de glicose. Mesmo assim, por não sentir incômodos, a pessoa acha que não tem motivos para se preocupar. “Estamos mexendo com uma doença que pode demorar 20, 25, 30 anos para se manifestar”, diz o médico. 





O trabalho de prevenção deve ser iniciado ainda na infância, controlar o consumo de doces, refrigerantes, alimentos gordurosos e condimentados, dentre outros com baixo valor nutricional. É importante estimular o consumo de frutas, folhas e vegetais variados, oferecê-los e torná-los  habituais na dieta. O melhor caminho é buscar ajuda de um nutricionista.




Atividade física deve ser estimulada desde a primeira infância. Esportes e exercícios físicos regulares despertam a competitividade; proporcionam bem estar, auto-estima, auto-confiança; mantem o indivíduo ativo, de modo que beneficia o cognitivo, estimula a rapidez em reflexo, concentração, raciocínio, capacidade mental; reduz risco de doenças crônicas, cardiovasculares, respiratórias; fortalece músculos e ossos; reduz estresse; diminui ansiedade; melhora o sono, dentre outros benefícios.




Na maioria das vezes, acreditamos que toda doença vem acompanhada de sinais (ex.: caroços na pele, manchas, etc) e sintomas (aquilo que sentimos, a ex.: de dor, pontadas, cãibras, etc.). Mas algumas doenças, em especial as crônicas são formidáveis em fazer surpresas desagradáveis, temos como exemplos típicos, a hipertensão e o diabetes. Por razões de detecção precoce, é importante fazer check ups anuais, mesmo quando não há sintomatologia alguma, pois doenças como as sitadas dão inicio de modo silencioso e sorrateiro. Justamente por não haver manifestações, as pessoas tornam-se displicentes com a saúde. Muitos pacientes diagnosticados como pré-diabéticos ou seja, já apresentam o estagio inicial da doença. Como não dão importância ao fato, levam uma vida sem qualidade e sem controle de hábitos e consumos nutricionais, sendo a maioria hipertensos e com sobrepeso ou mesmo obesidade. Quando isso ocorre, há grandes chances de que a doença se desenvolva.



Os pré-diabéticos devem evitar doces, carboidratos simples, batata e pão francês, e dar preferência aos alimentos integrais. Eles têm fibras, que diminuem a absorção de açúcar no organismo, ao mesmo tempo em que saciam. Com isso, sente-se menos fome. A fibra também acelera o metabolismo do intestino. Sucos de laranja, melancia e abacaxi, por conterem muito açúcar, devem ser evitados. Melhor substituir por maracujá e limão. Quanto às bebidas alcoólicas, a recomendação é um máximo de um copo de cerveja ou uma taça de vinho por dia para mulheres, e uma lata de cerveja ou duas taças de vinho para os homens. E é preciso se exercitar para queimar os triglicérides. Quando a pessoa come muito açúcar, os depósitos de gordura do organismo ficam cheios, e os triglicérides vão parar no sangue. Depois de 40 minutos de atividade física, o músculo começa a gastar triglicérides para funcionar, daí a importância de não ser sedentário (Lívia Zimmerman - Associação Brasileira de Nutrologia ). 

 Fonte: diabetes.org.br

Curva Glicêmica




Curva Glicêmica é também chamada de teste oral de tolerância à glicose, é um exame de sangue feito, principalmente, para o diagnóstico do diabetes. Serve para medir a capacidade do organismo de processar uma quantidade excessiva de glicose (condição conhecida como hiperglicemia) em um determinado tempo. Este exame é usado, na maioria dos casos, para diagnosticar o diabetes.

Preparo: Como é exigido jejum (de 10 a 12 horas) para a coleta comparativa, o exame deve ser feito pela manhã. Sob hipótese alguma o paciente deverá usar laxantes antes do exame. Também estão vetados fumo e atividade física ao longo do exame, mas não há restrição ao consumo de água. Em caso de diarréia ou uso de medicamentos, é preciso informar ao profissional de saúde que está realizando o procedimento. A duração do exame pode chegar a seis horas. Portanto, ao agendá-lo, deve-se levar em conta a possibilidade de passar boa parte do dia no laboratório.

Fonte: IG


Um dos exames que os pré-diabéticos precisam fazer é o da curva glicêmica, indicado para pessoas que estão com os níveis acima do normal ou que possuam fatores de risco. O médico Ivan Ferraz, membro do Departamento de Diabetes da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, explica que o teste pode confirmar ou descartar a condição de pré-diabetes e ainda diagnosticar o diabetes melito, mesmo que o primeiro exame de sangue comum não tenha indicado anomalias. A curva é feita em laboratório, com o paciente em jejum há oito horas. Depois da primeira amostra colhida, ele toma uma solução de água com açúcar e fica em repouso por 120 minutos. Passado esse tempo, o exame é refeito. Se o resultado for maior ou igual a 200, a pessoa está com diabetes melito. A condição de pré-diabetes é caracterizada pela taxa de 140 a 199. Já se der menos de 139, o paciente pode ficar tranquilo, pois não está sequer no estágio que pode desencadear a doença. Ivan Ferraz explica que a curva pode ser negativa para pessoas cujo exame anterior acusou pré-diabetes porque, às vezes, embora o nível de glicemia ultrapasse os valores de referência, pode estar dentro de uma margem de confiança. “O médico também vai analisar outros fatores, como obesidade e casos na família”, diz.





Exame de rotina para diagnosticar o Diabetes: O exame mais comum para medir o nível de glicose no sangue chama-se Glicemia de Jejum. É um teste feito através do sangue venoso. O resultado é considerado normal quando a taxa de glicose varia de 70 até 110 mg/dl. Se o resultado ficar em torno de 110 a 125 mg/dl, o indivíduo é portador de glicemia em jejum inapropriada. Assim, torna-se necessário à realização do exame conhecido como “Teste Oral de Tolerância à Glicose”. Ocorrendo um resultado igual ou acima de 126 mg/dl, em pelo menos dois exames consecutivos, fica então confirmado o diagnostico de Diabetes Mellitus. Já com uma glicemia superior a 140 mg/dl, mesmo sendo recolhida a qualquer hora do dia, já se confirma o diagnostico do diabetes. 



Vou citar um caso clínico: Uma mulher jovem (25-30 anos), um filho, com formação profissional, sem histórico familiar conhecido. Faz atividade física regular de médio impacto 3 vezes/semana e apresenta IMC=Tem dificuldade em perder peso, sempre fez atividades esportivas, porém não se comprometia com uma dieta saudável. Devido às atividades cotidianas, não fazia refeições em horários regulares, por diversas vezes optava por fast food ou lanche. Em dado momento, suspeitou que poderia estar com algum problema tal como infecção urinária pelo excesso de idas ao banheiro principalmente à noite, mas também apresentava sede excessiva, fome descontrolada, sudorese excessiva, mal estar constante. Acreditando que o sobrepeso colaborava com o mal estar, procurou uma endocrinologista que solicitou exames laboratoriais diversos e USG abdominal. Quanto aos exames laboratoriais foram obtidos os seguintes resultados: 


GLICOSE 2hs após sobrecarga 75g ..........................248mg/dL
Amostra: Soro
Método: Enzimático de Trinder/Química Seca

Valores de referência:
Conforme ADA, 2010 (Diabetes Care 33, 2010):
Normal: abaixo de 140mg/dL
IGT (Pré-diabetes): 140 a 199mg/dL
Diabetes: acima de 199mg/dL
Diabetes Gestacional: acima de 155mg/dL
Conforme ADA, 2011 (Diabetes Care 34, 2011)
Diabets gestacional: igual ou acima de 153mg/dL

HEMOGLOBINA GLICADA.......................................7,1%
Amostra: Sangue EDTA
Método: HPLC

Valores de referência: 4,0 a 6,0%
Bom controle glicêmico: abaixo de 7,0%
Conforme ADA, 2010 (Diabetes Care 33: S62-S69, 2010)
Risco aumentado de diabetes:5,7 a 6,4%
Diagnóstico de diabetes: igual ou acima de 6,5%


Insulina (jejum)........................................12,0 μUI/mL
Glicose (jejum)..........................................145 mg/dL
Relação INSULINA/GLICOSE..............0,08
INDICE HOMA - RI................................4,29
Amostra: Soro
Método: Eletroquimioluminescência

Valores de referência
Insulina até 60 anos: até 25 μUI/mL
Acima de 60 anos: até 35 μUI/mL
Glicose           70 a 100mg/dL
Relação INSULINA/GLICOSE: até 0,30
HOMA - RI:
    Geloneze et al.(2006): até 2,71
    Ghiringhello et al.(2006):
    BMI < 25                              1,20 ± 0,65
    BMI entre 25 e 30              1,80 ± 0,98
    BMI > 30                              2,90 ± 1,60


De acordo com o histórico e o resultado acima, a paciente apresente Diabetes Mellitos tipo 2,  não insulino-dependente. Portanto, é de suma importância o acompanhamento de um endocrinologista; controle alimentar e a busca por orientações de um nutricionista; mudança nos hábitos alimentares, pois  uma dieta hipocalórica por si só melhora a sensibilidade à insulina e reduz a hiperglicemia, independente da perda de peso; a continuidade de atividades físicas, mensuração dos níveis de glicose períodico com glicosimetro, uso de sensibilizadores da ação de insulina (ex.: metformina) prescritos pelo médico.


A auto-monitorização glicêmica, que é a prática do paciente diabético medir regularmente a sua própria glicemia através de fitas e/ou aparelhos de uso doméstico (glicosimetros), é uma oportunidade para o diabético assumir o controle da sua própria saúde. Medir freqüentemente a glicemia é uma das melhores maneiras de determinar se o tratamento para o diabetes está sendo efetivo, isto é, se a glicemia está sendo mantida o mais próximo do normal possível. Os exames de laboratório solicitados regularmente pelo médico (glicemia venosa, hemoglobina glicada etc.) fornecem uma estimativa da qualidade do controle glicêmico, mas apenas a monitorização domiciliar da glicemia pode permitir ao paciente o ajuste fino do plano de tratamento, conforme a variação do diabetes de um dia para o outro e com as diferentes situações do cotidiano. Os níveis de glicemia elevados são responsáveis pelas complicações do diabetes. Portanto, o acompanhamento da glicemia, ou automonitorização, é recomendado a todas as pessoas com diabetes, seja do tipo1, tipo 2 e no diabetes gestacional (aquele que ocorre em algumas mulheres durante a gravidez). O teste de glicemia capilar possibilita conhecer os níveis de glicemia durante o dia, em momentos que interessam para acompanhar e avaliar a eficiência do plano alimentar, da medicação oral e principalmente da administração de insulina, assim como orientar as mudanças no tratamento.

Fonte: Portal Diabetes


Recomendações da Associação Americana de Diabetes (ADA)

• Glicemia em jejum: 70 a 99 mg/dl

• Glicemia pós prandial, até 2 horas após alimentação: 70 a 140 mg/dl


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