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quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Diabetes Mellitus: a doença sorrateira




Tudo está no sangue

Quando somos indicados a realizar exames laboratoriais de rotina, seja para check up ou diversas razões, e é evidenciado um certo aumento na taxa de glicose, às vezes não damos a devida importância, mesmo quando o médico nos ressalta sobre os riscos existentes. E ainda assim, negligenciamos nossa saúde, consumindo todo e qualquer tipo de alimento que colabora para um aumento considerável de peso, variando entre sobrepeso e obesidade. Com a desculpa típica da falta de tempo para atividade física, o sedentarismo é adotado, complicando ainda mais o quadro de saúde dos indivíduos, além do estresse diário. Fatores como esses somados a predisposição ao diabetes, abuso de álcool e tabaco têm pego muitas pessoas de surpresa no momento em que vão buscar os resultados dos exames. Portanto, devo ressaltar que o exame de sangue é crucial para descobrir riscos à saúde e assim, evitar futuras complicações.

O teste em jejum de 8-10hs, o nível de glicemia não pode ser maior que 99. 

Dr. Saulo Cavalcanti, presidente da Sociedade Brasileira de Diabetes e do Departamento de Diabetes Melito da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, refere que o diabetes é uma “doença covarde”, que chega sem apresentar sintomas. Como também não provoca dor, o indivíduo só desconfia que alguma coisa está errada quando o exame de sangue indica uma taxa anormal de glicose. Mesmo assim, por não sentir incômodos, a pessoa acha que não tem motivos para se preocupar. “Estamos mexendo com uma doença que pode demorar 20, 25, 30 anos para se manifestar”, diz o médico. 





O trabalho de prevenção deve ser iniciado ainda na infância, controlar o consumo de doces, refrigerantes, alimentos gordurosos e condimentados, dentre outros com baixo valor nutricional. É importante estimular o consumo de frutas, folhas e vegetais variados, oferecê-los e torná-los  habituais na dieta. O melhor caminho é buscar ajuda de um nutricionista.




Atividade física deve ser estimulada desde a primeira infância. Esportes e exercícios físicos regulares despertam a competitividade; proporcionam bem estar, auto-estima, auto-confiança; mantem o indivíduo ativo, de modo que beneficia o cognitivo, estimula a rapidez em reflexo, concentração, raciocínio, capacidade mental; reduz risco de doenças crônicas, cardiovasculares, respiratórias; fortalece músculos e ossos; reduz estresse; diminui ansiedade; melhora o sono, dentre outros benefícios.




Na maioria das vezes, acreditamos que toda doença vem acompanhada de sinais (ex.: caroços na pele, manchas, etc) e sintomas (aquilo que sentimos, a ex.: de dor, pontadas, cãibras, etc.). Mas algumas doenças, em especial as crônicas são formidáveis em fazer surpresas desagradáveis, temos como exemplos típicos, a hipertensão e o diabetes. Por razões de detecção precoce, é importante fazer check ups anuais, mesmo quando não há sintomatologia alguma, pois doenças como as sitadas dão inicio de modo silencioso e sorrateiro. Justamente por não haver manifestações, as pessoas tornam-se displicentes com a saúde. Muitos pacientes diagnosticados como pré-diabéticos ou seja, já apresentam o estagio inicial da doença. Como não dão importância ao fato, levam uma vida sem qualidade e sem controle de hábitos e consumos nutricionais, sendo a maioria hipertensos e com sobrepeso ou mesmo obesidade. Quando isso ocorre, há grandes chances de que a doença se desenvolva.



Os pré-diabéticos devem evitar doces, carboidratos simples, batata e pão francês, e dar preferência aos alimentos integrais. Eles têm fibras, que diminuem a absorção de açúcar no organismo, ao mesmo tempo em que saciam. Com isso, sente-se menos fome. A fibra também acelera o metabolismo do intestino. Sucos de laranja, melancia e abacaxi, por conterem muito açúcar, devem ser evitados. Melhor substituir por maracujá e limão. Quanto às bebidas alcoólicas, a recomendação é um máximo de um copo de cerveja ou uma taça de vinho por dia para mulheres, e uma lata de cerveja ou duas taças de vinho para os homens. E é preciso se exercitar para queimar os triglicérides. Quando a pessoa come muito açúcar, os depósitos de gordura do organismo ficam cheios, e os triglicérides vão parar no sangue. Depois de 40 minutos de atividade física, o músculo começa a gastar triglicérides para funcionar, daí a importância de não ser sedentário (Lívia Zimmerman - Associação Brasileira de Nutrologia ). 

 Fonte: diabetes.org.br

Curva Glicêmica




Curva Glicêmica é também chamada de teste oral de tolerância à glicose, é um exame de sangue feito, principalmente, para o diagnóstico do diabetes. Serve para medir a capacidade do organismo de processar uma quantidade excessiva de glicose (condição conhecida como hiperglicemia) em um determinado tempo. Este exame é usado, na maioria dos casos, para diagnosticar o diabetes.

Preparo: Como é exigido jejum (de 10 a 12 horas) para a coleta comparativa, o exame deve ser feito pela manhã. Sob hipótese alguma o paciente deverá usar laxantes antes do exame. Também estão vetados fumo e atividade física ao longo do exame, mas não há restrição ao consumo de água. Em caso de diarréia ou uso de medicamentos, é preciso informar ao profissional de saúde que está realizando o procedimento. A duração do exame pode chegar a seis horas. Portanto, ao agendá-lo, deve-se levar em conta a possibilidade de passar boa parte do dia no laboratório.

Fonte: IG


Um dos exames que os pré-diabéticos precisam fazer é o da curva glicêmica, indicado para pessoas que estão com os níveis acima do normal ou que possuam fatores de risco. O médico Ivan Ferraz, membro do Departamento de Diabetes da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, explica que o teste pode confirmar ou descartar a condição de pré-diabetes e ainda diagnosticar o diabetes melito, mesmo que o primeiro exame de sangue comum não tenha indicado anomalias. A curva é feita em laboratório, com o paciente em jejum há oito horas. Depois da primeira amostra colhida, ele toma uma solução de água com açúcar e fica em repouso por 120 minutos. Passado esse tempo, o exame é refeito. Se o resultado for maior ou igual a 200, a pessoa está com diabetes melito. A condição de pré-diabetes é caracterizada pela taxa de 140 a 199. Já se der menos de 139, o paciente pode ficar tranquilo, pois não está sequer no estágio que pode desencadear a doença. Ivan Ferraz explica que a curva pode ser negativa para pessoas cujo exame anterior acusou pré-diabetes porque, às vezes, embora o nível de glicemia ultrapasse os valores de referência, pode estar dentro de uma margem de confiança. “O médico também vai analisar outros fatores, como obesidade e casos na família”, diz.





Exame de rotina para diagnosticar o Diabetes: O exame mais comum para medir o nível de glicose no sangue chama-se Glicemia de Jejum. É um teste feito através do sangue venoso. O resultado é considerado normal quando a taxa de glicose varia de 70 até 110 mg/dl. Se o resultado ficar em torno de 110 a 125 mg/dl, o indivíduo é portador de glicemia em jejum inapropriada. Assim, torna-se necessário à realização do exame conhecido como “Teste Oral de Tolerância à Glicose”. Ocorrendo um resultado igual ou acima de 126 mg/dl, em pelo menos dois exames consecutivos, fica então confirmado o diagnostico de Diabetes Mellitus. Já com uma glicemia superior a 140 mg/dl, mesmo sendo recolhida a qualquer hora do dia, já se confirma o diagnostico do diabetes. 



Vou citar um caso clínico: Uma mulher jovem (25-30 anos), um filho, com formação profissional, sem histórico familiar conhecido. Faz atividade física regular de médio impacto 3 vezes/semana e apresenta IMC=Tem dificuldade em perder peso, sempre fez atividades esportivas, porém não se comprometia com uma dieta saudável. Devido às atividades cotidianas, não fazia refeições em horários regulares, por diversas vezes optava por fast food ou lanche. Em dado momento, suspeitou que poderia estar com algum problema tal como infecção urinária pelo excesso de idas ao banheiro principalmente à noite, mas também apresentava sede excessiva, fome descontrolada, sudorese excessiva, mal estar constante. Acreditando que o sobrepeso colaborava com o mal estar, procurou uma endocrinologista que solicitou exames laboratoriais diversos e USG abdominal. Quanto aos exames laboratoriais foram obtidos os seguintes resultados: 


GLICOSE 2hs após sobrecarga 75g ..........................248mg/dL
Amostra: Soro
Método: Enzimático de Trinder/Química Seca

Valores de referência:
Conforme ADA, 2010 (Diabetes Care 33, 2010):
Normal: abaixo de 140mg/dL
IGT (Pré-diabetes): 140 a 199mg/dL
Diabetes: acima de 199mg/dL
Diabetes Gestacional: acima de 155mg/dL
Conforme ADA, 2011 (Diabetes Care 34, 2011)
Diabets gestacional: igual ou acima de 153mg/dL

HEMOGLOBINA GLICADA.......................................7,1%
Amostra: Sangue EDTA
Método: HPLC

Valores de referência: 4,0 a 6,0%
Bom controle glicêmico: abaixo de 7,0%
Conforme ADA, 2010 (Diabetes Care 33: S62-S69, 2010)
Risco aumentado de diabetes:5,7 a 6,4%
Diagnóstico de diabetes: igual ou acima de 6,5%


Insulina (jejum)........................................12,0 μUI/mL
Glicose (jejum)..........................................145 mg/dL
Relação INSULINA/GLICOSE..............0,08
INDICE HOMA - RI................................4,29
Amostra: Soro
Método: Eletroquimioluminescência

Valores de referência
Insulina até 60 anos: até 25 μUI/mL
Acima de 60 anos: até 35 μUI/mL
Glicose           70 a 100mg/dL
Relação INSULINA/GLICOSE: até 0,30
HOMA - RI:
    Geloneze et al.(2006): até 2,71
    Ghiringhello et al.(2006):
    BMI < 25                              1,20 ± 0,65
    BMI entre 25 e 30              1,80 ± 0,98
    BMI > 30                              2,90 ± 1,60


De acordo com o histórico e o resultado acima, a paciente apresente Diabetes Mellitos tipo 2,  não insulino-dependente. Portanto, é de suma importância o acompanhamento de um endocrinologista; controle alimentar e a busca por orientações de um nutricionista; mudança nos hábitos alimentares, pois  uma dieta hipocalórica por si só melhora a sensibilidade à insulina e reduz a hiperglicemia, independente da perda de peso; a continuidade de atividades físicas, mensuração dos níveis de glicose períodico com glicosimetro, uso de sensibilizadores da ação de insulina (ex.: metformina) prescritos pelo médico.


A auto-monitorização glicêmica, que é a prática do paciente diabético medir regularmente a sua própria glicemia através de fitas e/ou aparelhos de uso doméstico (glicosimetros), é uma oportunidade para o diabético assumir o controle da sua própria saúde. Medir freqüentemente a glicemia é uma das melhores maneiras de determinar se o tratamento para o diabetes está sendo efetivo, isto é, se a glicemia está sendo mantida o mais próximo do normal possível. Os exames de laboratório solicitados regularmente pelo médico (glicemia venosa, hemoglobina glicada etc.) fornecem uma estimativa da qualidade do controle glicêmico, mas apenas a monitorização domiciliar da glicemia pode permitir ao paciente o ajuste fino do plano de tratamento, conforme a variação do diabetes de um dia para o outro e com as diferentes situações do cotidiano. Os níveis de glicemia elevados são responsáveis pelas complicações do diabetes. Portanto, o acompanhamento da glicemia, ou automonitorização, é recomendado a todas as pessoas com diabetes, seja do tipo1, tipo 2 e no diabetes gestacional (aquele que ocorre em algumas mulheres durante a gravidez). O teste de glicemia capilar possibilita conhecer os níveis de glicemia durante o dia, em momentos que interessam para acompanhar e avaliar a eficiência do plano alimentar, da medicação oral e principalmente da administração de insulina, assim como orientar as mudanças no tratamento.

Fonte: Portal Diabetes


Recomendações da Associação Americana de Diabetes (ADA)

• Glicemia em jejum: 70 a 99 mg/dl

• Glicemia pós prandial, até 2 horas após alimentação: 70 a 140 mg/dl


segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Saúde: Farinha de Maracujá



 Maracujá

As propriedades sedativas do maracujá são conhecidas há muito tempo, especialmente quando se utiliza a infusão ou tintura das folhas (Guertzenstein, 1998; Oliveira et al., 2002). Recentemente, porém, foi descrita uma nova propriedade relacionada ao fruto: a atividade hipoglicemiante da farinha produzida a partir de sua casca (Guertzenstein, 1998; Petry et al., 2001). A casca de maracujá é rica em pectina, uma fração de fibra solúvel capaz de ligar-se à água e formar compostos de alta viscosidade, conferindo-lhe efeitos fisiológicos peculiares (Sanderson, 1981). A hidratação da fibra ocorre pela adsorção de água à sua superfície ou pela incorporação ao interstício macromolecular (Schweizer & Wursch, 1991). Na mucosa intestinal há formação de uma camada gelatinosa, que altera a difusão e absorção de nutrientes. Em função dessa maior viscosidade do conteúdo entérico, efeitos críticos regulam a resposta metabólica à carga de nutrientes (Brown et al., 1979; Schneeman, 1986), como por exemplo, o decréscimo na absorção de carboidratos pelo organismo, mecanismo que pode explicar sua ação hipoglicemiante (Trowell, 1978).





Solange Miranda Junqueira Guertzenstein, do Centro Universitário São Camilo, em São Paulo, baseou sua tese de mestrado sobre glicemia na pesquisa. "Depois de consumida, a pectina se transforma em um gel que não é absorvido no processo da digestão", explica. "Assim, durante seu trajeto entre a boca e o intestino, ela carrega consigo não apenas a glicose, mas também o colesterol dos alimentos, até eliminá-los no bolo fecal." Ou seja, o produto do maracujá beneficia também quem apresenta altas taxas dessa gordura arriscada para as artérias. Segundo Solange, a farinha conta com 20% de pectina, o que também favorece a perda de peso. "Essa espécie de gelatina faz volume dentro do estômago e dá saciedade", garante. PECTINA é uma espécie de fibra solúvel que, junto com a celulose e a lignina, compõe a parede celular das plantas. "Está em todas as frutas, mas a maçã, a pêra, a laranja, o limão e o pêssego são especialmente ricos nela", revela a farmacêutica bioquímica Maria Helene Canteri Schemin, da Universidade Tecnológica Federal do Paraná. O endocrinologista Fadlo Fraige Filho, presidente da Associação Nacional de Assistência ao Diabético, reconhece a ação da pectina no combate aos picos de insulina, mas ressalva: "Qualquer alimento rico em fibras pode produzir o mesmo efeito". A questão é que muitas das frutas cheias de pectina têm também muito açúcar. Está aí uma vantagem da farinha de maracujá.

Fonte: Saúde/Abril


A farinha de maracujá faz o corpo absorver menos gordura. ''Ela vira uma fibra gelatinosa, que gruda nas moléculas de gordura e as faz passarem direto pelo sistema digestivo, sem serem absorvidas'', diz a nutricionista Fernanda Machado. Uma pesquisa de cientistas da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e das universidades Federal e Estadual da Paraíba provou que dá pra emagrecer com a farinha sem mudar hábitos alimentares ou fazer exercícios. No estudo, 19 mulheres consumiram 30 g do produto por dia durante dois meses, pouco mais de 1 colher (sopa) diária. Cada uma perdeu quase 2 kg! Mas atenção: comer a farinha pura pode causar gases. Por isso, misture-a a sucos, vitaminas, bolos ou frutas amassadas. Quem não apreciar o gosto pode comprar a cápsula de fibra de maracujá concentrada. A de 400 mg, quando tomada com um copo de água meia hora antes da refeição, equivale a 2 colheres (sobremesa) da farinha. Se preferir, faça a farinha em casa. É fácil e econômico.

Farinha de Maracujá

Lave bem 6 maracujás e retire as polpas, que podem ser usadas em sucos ou receitas diversas. Corte as cascas em fatias finas e distribua-as numa fôrma. Leve ao forno baixo e deixe secar. Retire do forno antes de torrar e espere esfriar. Coloque no liquidificador e bata até virar pó. Passe a farinha por uma peneira fina.

OBS.: A polpa pode ser usada para suco ou para outras receitas.

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